segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Não entendes quão simples é amar?
É doar o sentimento sem restrições
É dar a alma
Não quero fidelidade de pensamento pois sei quão são traiçoeiros
Traem a ti próprio e a mim não hão de render sua lealdade
Não quero tão pouco apenas teu corpo, deixe-o aos vermes
Mas o sentimento!! Ah, esse nunca morre
É ele que nos prende ao outro
É ele que comanda o corpo, as sensações, as vontades e por vezes domina o pensamento
Sim, podes me dizer que sou insana de dizer isso, mas que graça seria não sê-la e nunca amar!?
Mas se na velhice deparar com um corpo envelhecido e castigado pelo tempo, há de se sentir preso ao sentimento de não deixá-lo pelo simples prazer que lhe causa ao espírito estar em presença tão ilustre
A fidelidade do sentimento nos aprisiona mas nunca nos castiga, pois quem ama jamais é egoísta
pelo contrário, é tão altruísta, dá tudo de si
Está sempre esperando mas sem expectativa pois sabe que a expectativa nos mata e desaponta!
(Adriana Rampi)

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