domingo, 26 de julho de 2009

Não cumpro as regras desse mundo desregrado
Quero apenas o direito de ser eu sem julgamentos
e quem sabe um dia ser alguém melhor
Não quero fãs, nem quero seguidores, muito menos discípulos
erro sozinha, e já é duro assumir a culpa pela conseqüência solitária de errar
e de amar
Não quero dor solidária, minha dor é minha
minhas lágrimas eu mesma provoquei
Quero apenas sorrisos quando forem espontâneos
Quero poder crer que o pôr do Sol é só meu por um segundo
e que sou protagonista da minha própria vida
quero participar de cada cena como se fosse a tomada de um filme
quero trilha sonora e poemas como narração
Não quero aplausos e nem platéia
quero apenas que meus amigos dividam o palco
e que me ajudem a redigir o roteiro
Quero um pedaço de papel pra escrever um bilhete de adeus
e uma rosa pra dar pro meu amor na volta
Quero um mapa mundi
Quero poder chorar e rir
E no final quero poder me curvar a vida e dar o último suspiro no fim da peça
(Adriana Rampi)