quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

FELIZ ANO

Todo início de ano é ensaiado
promessas, champagne, fogos
E cada fim de ano é verdadeiro
confissões, cansaços, cinzas
e o fim e o início se dividem por apenas um dia
31 de dezembro e 1º de janeiro
Tudo fica melhor, não lá fora, mas aqui dentro
um dia como outro qualquer
mas NÓS estamos diferentes
e no dia seguinte a ressaca
o velho cansaço e repensamos as promessas
Não sei quantos anos novos celebrarei
mas meu desejo é que eu possa ser todos os dias de todos os anos
a mesma pessoa que sou no reveillon

É engraçado pensar que em outro ontem esse ano era novo
e em menos de um ano já é velho
vamos celebrar sua esperada partida
ele morre cheio de promessas não cumpridas
que o próximo ano herda com um sem número de sonhos
e o que resta pro ano que se vai são as recordações do passado
E permanece sempre as nossas resoluções que serão concretizadas no ano novo que nunca chega, mas que sempre se vai
Então feliz ano, seja ele novo, velho, ou incerto!
(Adriana Rampi)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O Caráter do Invisível

(Adriana Rampi)

A privacidade talvez seja a melhor forma de realmente se conhecer alguém, a ausência de olhos e julgamentos alheios nos permite ser quem somos, ou que queremos ser, sem nos preocuparmos com o que é certo ou errado aos olhos da sociedade. No íntimo das mentes se pode criar planos perversos, no silêncio e sigilo absoluto. Qual é o caráter daquele que não é visto? Qual é a conduta do solitário?

A imperfeição humana e seu frágil limite de caráter diante da tentação, e as linhas que traçamos até nossos objetivos, sem jamais negligenciar nossa fácil entrega ao erro, nosso impulso de seguir o caminho mais curto ao resultado desejado. Somos humanos afinal, com qualidades divinas do criador, e imperfeições peculiares à nossa raça e espécie.

Quem nesse mundo há de nos mostrar o que é certo ou errado, e quem de fato sabe o que é realmente o conceito de cada um? Se toda regra possui exceção, como saber discernir entre o caminho do bem e do mal e a tênue linha que divide eles?

Quem realmente deve ou pode doutrinar a hereditariedade? Há tantas pessoas que nascem na lama e se remetem a luz da boa ventura por sua reta conduta e tantas outras que nascem no meio da paz e trazem a guerra. O que realmente influencia na formação: o exemplo ou o conselho? Ou será que nascemos com a tendência a aprender aquilo que nossa personalidade genética atrai por semelhança?

E quanto ao pecado? Será o medo do juízo final que irá determinar que serei bom pra garantir meu celestial descanso eterno? Aquele minuto a mais na cama por pura preguiça, e a gula de quem comeu um pedaço a mais que fará realmente a diferença e me classifica pecador? E aquele que mesmo ateu age de boa fé com o próximo por acreditar no bem?

Quem delegou o papel dos pais à escola? E quem conseguirá que os valores sejam cobrados? Onde o direito do próximo começa, e porque vivemos nas grades e os bandidos nas ruas? Quem deixou chegar a esse ponto? E os direitos humanos que desumanizam, desvalorizam o humano direito?

Quem paga mais diz a verdade, quem mente antes diz a verdade, quem tem mais poder diz a verdade, então será que o certo é realmente a verdade?

Quem realmente tem caráter? O caráter do invisível, que mesmo sem poder ser julgado mantém-se herói das virtudes e valores, que oferece a outra face se preciso for, que se sacrifica pelo bem do outro, que é altruísta, que tenta, mesmo que nem sempre com sucesso, dar o exemplo e o conselho, ser o exemplo, mesmo que não receba nenhum reconhecimento. O caráter do que por vezes só é visível aos maus julgamentos e interpretações e que morre na cruz sem pecado, mas por pecados que não cometeu.

Quem somos quando não temos recompensas, julgamentos, reconhecimentos, cobranças, qual será nosso caráter quando sozinhos e invisíveis ao mundo?

Podemos parar um minuto e refletir a nossa sociedade, e os meios que não justificam os fins. Quero que meus filhos tenham valores e que os filhos dos filhos deles também. Quero poder ensinar aos meus filhos e quero que os professores o ensinem, e que a vida os ensinem, e que todo o ensinamento tenha pra eles esses valores, que os valores morais valham mais para eles que os valores monetários, e que eles não se vendam e que não tentem comprar os outros.

Espero que o mundo ainda exista pros meus filhos, e para o filhos dos meus filhos pois talvez tanta ganância e falta de caráter leve ao fim prematuro do nosso planeta, e que o apocalipse divino, ou o apocalipse do aquecimento global que o homem vem criando não engulam o mundo sem que antes as pessoas acordem, pois acordar tarde seria catastrófico pra nós e pro futuro que não chegaremos a ter, e pra história que não terá um fim e para todas as perguntas que a gente ainda não consegue responder.

Espero que o caráter do invisível seja o mesmo do visível, e que seja previsível ou pelo menos corrigível!

domingo, 15 de novembro de 2009

átomo do universo
embrião da Terra
parte ínfima da imensidão
e um breve sonho
assim somos nós, de forma individual
pequenos e grandiosos
sem poder e podendo
somos apenas o ponto apagável na história do universo
e da qual nem sabemos se fazemos parte
Quero um dia ir pra lua
quero que a lua se lembre de mim
(A.R.)
Os vícios da humanidade na forma mais simples de pureza que se pode pensar
enganar aos outros mas jamais a si mesmo
Não viver de ilusões porque a vida é tão efêmera quanto a crença e o efeito do entorpecente
Quero me imortalizar, quero a eternidade
perpetuar meu amor ao mundo e ser uma semente no solo
mas acima de qualquer expectativa e plano quero viver
sem vida sou nada e logo não existo
quero ter meu lugar, meus amigos, meu alguém e principalmente com eles ter minha história
quero o espírito pleno e minha alma sem pecados e meu corpo sem vícios
Quero ver o sol se pôr ao teu lado e ao teu lado ver ele nascer
quero estar contigo até o anoitecer da vida
onde ao deitar no leito de encerramento poderemos saber que vivemos um romance neste mundo de terror
(Adriana Rampi)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ubíquo
Notivago
Inexplorado
Vão
Exorbitante
Reduplicário
Sustentando
Obscuro



Dúvida
Intrínseca
Com
Ajuda


Amargar
Morrer
Ainda
Rindo

Forma
Espetacular
Libertaria
Incrivelmente
Caçada
Indefinidamente
Desfrutada
Através
Do
Extase

Viabilizar
Ilusão/maginação
Sem
Atingir
Obstáculo

Obcessão
Linear
Homônima
Oval
Subjetiva

Forma
Obnubilatória
Gerando
Obcessão

Sinalizar
Autoridade
Baseado
Em
Reflexão

Percepção
Obsecada
Deturpada
Exercida
Radicalmente

Via
Indefinida
Destino
Aleatório

Mero
Umbigo
No
Desaflorar
Obscuro

(Adri Rampi)
There are places in the darkness of our souls that know us better than anyone else
These places hide sins and dreams
Some people bring the dreams to light and make them come true
Some people bring the sins to light and turn the light into darkness

There are places in the darkness of our world where people crop their sins
and many others crop dreams to light the darkness of others'sins

Adriana Rampi

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Eu queria poder ser uma estrela, nem que fosse por um dia
Não dessas estrelas de tv ou de cinema, eu queria ser uma estrala no céu
pequeninha a ninar a face da Terra que meu brilho acalentasse
Eu queria poder estar entre outras estrelas no universo infinito e beijar a face do azul
e dormir ao lado da lua, e ver o mundo, e a via láctea e todas as vias que hão de ter
queria poder ir de um céu a outro e talvez um dia ao teu céu pertencer
Queria ser uma estrela, que brilha humildemente dentre outros tantos astros
ser um brilho no fundo do espaço, e quem sabe cadente não realizaria um desejo
E voltaria a ser gente ao Sol nascer
(A.R.)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Se hoje a gente voasse por todo o planeta
e saísse desse mundo
Seria genial ver outras superfícies
Descobrir que o infinito, pode ser finito se a gente não o pode explorar
Queria descobrir tudo, saber tudo
Ter consciência dessa incurável ignorância
em constante expansão... expansão exponencial e nem mesmo assim se pode curar
e nem assim se pode sanar
Nem mesmo com a embriaguez literária
Nem mesmo que a gente pelos céus se esvaia
nunca se vive/lê o suficiente pra nunca ter algo mais pra aprender
(Adriana Rampi)
Posso não ser nenhuma heroína, nenhuma moçinha indefesa, e muito menos uma princesa... mas sei que sou a protagonista da minha história, e cada dia é uma aventura infinita!!!
Sou assim... um pouco de música, um pouco de leitura, um pouco de fotos, um pouco de filmes... tudo acoplado!
Meu violão, meus livros, meus sorrisos e minha insanidade equilibrada com uma boa dose de "não quero viver hoje o mesmo dia de ontem"! É isso ai!
No dia que estiver velha vou poder olhar pra trás e ver sorrisos, entre uma canção e outra, muitos amigos e o mais importante: vários dias vividos, e nenhum igual ao outro!
(Adriana Rampi)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

E as tuas faces risonhas e tristes
por que insistes em teimar
se da dor que dói profundamente só existe
aquelas dores que tu insistes em guardar
Não pense você que piedade é amor
minha compaixão tenta apenas te salvar
salvar de ti mesmo, por piedade, não por te amar
Não precisa descer ao centro da terra
as dores mais profundas na tua superfície ficam a plainar
e no momento de descaso teu
elas somem, voam pelo ar
Não quero que fiques chorando
lágrimas não podem ser os gritos de liberdade
afoga-te no desgosto
e esconde teu rosto
pra na solidão se amargar
(A.R.)

domingo, 26 de julho de 2009

Não cumpro as regras desse mundo desregrado
Quero apenas o direito de ser eu sem julgamentos
e quem sabe um dia ser alguém melhor
Não quero fãs, nem quero seguidores, muito menos discípulos
erro sozinha, e já é duro assumir a culpa pela conseqüência solitária de errar
e de amar
Não quero dor solidária, minha dor é minha
minhas lágrimas eu mesma provoquei
Quero apenas sorrisos quando forem espontâneos
Quero poder crer que o pôr do Sol é só meu por um segundo
e que sou protagonista da minha própria vida
quero participar de cada cena como se fosse a tomada de um filme
quero trilha sonora e poemas como narração
Não quero aplausos e nem platéia
quero apenas que meus amigos dividam o palco
e que me ajudem a redigir o roteiro
Quero um pedaço de papel pra escrever um bilhete de adeus
e uma rosa pra dar pro meu amor na volta
Quero um mapa mundi
Quero poder chorar e rir
E no final quero poder me curvar a vida e dar o último suspiro no fim da peça
(Adriana Rampi)

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Olho o vidro, que olha a paisagem lá fora, que olha o moço que olha pra dentro de si
Olha pra dentro de mim eu também
E todos olhamos por um rélis momento para dentro de nós
e nos deparamos com a mesma imagem de nossa retina
Insana nossa visão de mundo ser o nosso reflexo
Mais insano pensar que o mundo é como nós pensamos que seja
e não como os outros o pensam, ou como o mundo de verdade é
Semântica humana de pensar em si como a razão dos outros
ou nos outros como a razão de si?
Mas será que as coisas não são apenas o que são?
Difícil...
(AR)
Se por pelo menos uma vez pudesse libertar meu corpo e seguir meu espírito mundo a fora
Essa rosa que aflora hoje nos campos do outro continente veria brotar
E sua graciosa cor seria a mais bela que jamais veria naquele dia porque saberia esta simples rosa me ama
Como também amo a ela
Sim, que seriamos de nós homens se não fosse a certeza de que em algum momento somos amados, seja pela gota de chuva que nós escolhe enxarcar dentre tantos alvos terrestres ou por uma flor que exala seu perfume precioso para que nos embriaguemos dele?
Sim, como seria sem os benditos raios de Sol que chegam a tocar nossa pele com tanta intimidade quanto lhes permitimos?
Se eu tivesse o poder de voar veria que do alto tudo parece pequeno e insignificante, mesmo o mais preocupante dos problemas e mesmo aqueles a quem mais tenho apresso.
Não queria ser divina ou miraculosa, apenas um dia me bastava pra fazê-lo, e se em seguida despencasse eu do alto, saberia que feliz fim me aguardaria, pois ou iria ter com Deus ou estenderia o resto de meus dias como pássaro!
(AdriRampi)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Se o mundo insiste em girar e você quer ficar chorando
E se as lágrimas que te saem você acaba não secando
É fácil saber e perceber que é você quem acompanha uma tristeza que nem sequer é sua
E você se isola na lua
E pensa que ninguém vai perceber
E se o mundo te mostrar a saída, a solução
Você está tão destraído com sua auto destruição
não adianta correr, contruir esse muro invisível
tão alto que já é fundo
Tão fundo que já é poço
Não precisa fazer esforço
A vida já é dura, e dura mais a tristeza que a gente decide carregar
Pois é... nossa distância é a mesma da medida desse poço que você construi ao seu redor
Não tem água, não tem nada, apenas pó
Por fim você se sufoca no escuro das sombras das paredes que construiu
E ninguém mais pode te escutar...
(Adriana Rampi)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A tempos não sei quem são meus amigos ou quem meus amigos são
nesta inconstante mudança da vida e do que essas mudanças fazem da gente
perdi vários amigos, não por circunstâncias externas,
mas porque eles deixaram de ser quem eram... então os perdi
Sei que também mudo, e todo o conjunto de coisas que mudam nos remetem a situações novas
a qual não sabemos como lidar
A tempos não me reconheço nas minhas lembranças
de pensar que fiz ou disse certas coisas pouco vejo da pessoa que sou hoje da pessoa que no passado habitava meu corpo
Sei que toda vez que trabalhei para combater um defeito acabei por defasar alguma qualidade minha... essa é a condição a que todo humano está condenado - a imperfeição
Há tempos que atravesso a porta de minha casa para entrar e sinto que meu verdadeiro lar deixei do lado de fora
O momento que menos me sinto em casa é quando lá estou
é idiota, mas é verdadeiro... quando estou em casa me sinto presa a normas e regras que tento seguir não por ser obrigada, mas para evitar o desgaste de palavras e de discursos de quem dita (por pensar ter direito de fazê-lo)
A tempos que não sei o que esperar dos meus dias
e da minha vida
e dos meus planos
e das pessoas
e das dores
e das alegrias
...
A vida para mim parece um ponto de interrogação gigantesco, da qual tento desviar minha atenção enquanto tento pura e simplesmente viver
(Adriana Rampi)
"Antes que a vida se acabe, quero viver da vida tudo o que me cabe"
(Adri Rampi)
Como seria minha vida se minha não fosse?
Ou se simplesmente não tivesse sido?
Conto os meus dias de vida
e critíco a vida dos meus dias
As gotas de sangue que correm do ventre
de quem pode gerar vida além da sua própria
Como seria se fosse homem? Me amaria? ou amaria outra mulher?
Posso ser várias mulheres e ser uma só: a filha, irmã, sobrinha, neta, a mãe, a cunhada, a tia, avó...e ser a mulher de um homem e ainda assim ser minha
(AR)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

"Vão fazer o resgate dos corpos"
O corpo que pertenceu a uma pessoa
pessoa que agora é uma lembrança
Como nossa vida é intangível e abstrata
A única coisa tangível nela, nosso corpo, se esvai à morte
Como um sopro que apaga a chama da vela
que deixa de brilhar mas não deixa de ser vela, nem deixa de ter sido chama
A morte é o vento, e nossa vida a vela acesa
todos nós um dia deixaremos de brilhar
mas isso não anulará o fato de um dia termos dado vida ao escuro
Não importa portanto o tempo que brilhamos
mas sim a intensidade do nosso fogo
e quanto ele foi capaz de iluminar o escuro que a morte um dia vai trazer
e que jamais será capaz de apagar o brilho que guardamos na memória
(Adriana Rampi)
Não preciso de mil bens para pensarem que sou rica
Nem preciso de livros não lidos na minha estante pra pensarem que sou erudita
Não preciso de um físico impecável pra pensarem que me amo
Nem preciso de uma marca pra dizer que sou importante
Não preciso de uma maquiagem pra pensarem que sou bonita
Não preciso ser convencionalmente chata pra pensarem que sou normal
E nem preciso de uma vida inteira pra pensarem que estou viva
Sou o que sou
amo quem me ama e não me amou
Amo minha saúde não minha aparência
morro de saudade mas nunca de carência
E vivo do que sinto, e nunca do pensam de mim
Quem perdeu tempo me julgando, perdeu tempo precioso...
(Adriana Rampi)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

E os passos que minhas pernas vão
involuntárias ao seu destino
traçado pela minha sede de saber
saber desse universo em expansão
saber para que nosso conhecimento não retroceda diante desta expansão
Não creio cegamente, creio porque já duvidei
Creio porque constantemente me questiono
e mesmo na dúvida acredito
boto fé e sigo
E tudo o que precisamos está aí pra ser usufruído
e se não há, se cria
Não tenho meu espaço no mundo, o mundo é o meu espaço
minha mesa de trabalho, meu escritório e minha casa
Não faço parte do universo eu sou universal, no meu modo de pensar, de agir
Minha riqueza não se compõe de bens, mas de virtudes
Meu conhecimento não se deprecia como outro bem, ele se amplia e renova
Conhecimento é totalmente reciclável, reutilizável...
...e o meio ambiente agradece!
Os livros podem salvar uma vida, uma alma, o planeta, o nosso futuro...
mas as letras não saem andando por aí... nós somos os parágrafos da vida,
e nós escrevemos a história... a história não acontece, NÓS ACONTECEMOS!
Não se pode inventar uma história, mas com toda certeza podemos construí-la
escrevendo as páginas com suor e sangue para não se ter apenas os frutos sem sabor
(Adriana Rampi)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Pense uma vez mais antes de dizer
Duas vezes antes de escrever
Diga se for verdade
E esqueça se for mentira
(Adriana Rampi)
Há os que não acreditam que Deus exista
Os que acreditam que Ele exista
E os que acreditam serem Deus
Existindo ou não, os homens criaram Deus
logo após Deus ter criado o homem.
O que julgamos ser de Deus vem de crenças, castigos e bençãos que o próprio homem criou ou traduziu mal
Vemos Deus pela ótica humana, não divina
Há pessoas que não tem medo de Deus
Há pessoas que tem medo de Deus
Há pessoas que mesmo sem crer respeitam a idéia de Deus
Há pessoas que acreditam e mesmo assim matam e "pecam"em nome de Deus
Há pessoas que não acreditam e matam e "pecam"em nome de Deus
Há o Deus dos pobres
Há o Deus dos ricos
Ele é o mesmo, mas tem gente que prefere acreditar que não
Há o Deus vingativo
O Deus benevolente
O Deus do livre arbítrio
E o Deus ditador
Há o Deus criador do universo
e há o Deus criador de Adão e Eva
Há o Deus unipresente, que está em todo lugar
e há o Deus que mora na igreja
Há o Deus que se manifesta com a oração
O Deus que se manifesta através de um gesto de amor ao próximo
E o Deus que se manifesta com o dízimo
Há milhares de Deus em cada povo
e esses milhares são um só
ele só muda na cabeça de quem o julga ser
Entre ateus, crentes, cretinos e pessoas do bem
Deus tenta distribuir sua infinita atenção
seja nas pessoas que agem de coração sem esperar recompensa ou naquelas que agem tentando fugir da punição "divina"
Deus é religião
e Deus é paz entre os povos.
Que Deus você prefere crer:
Naquele que criou o homem?
Naquele que o homem criou?
Ou simplesmente prefere não acreditar?
(A.R.)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"Que meu corpo, na sua humilde entrega, perdoe a minha alma que insiste em arrastá-lo para todo lado que ela quer ir." (AR)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

As emoções humanas tem uma espécie de mixer
Elas vão revirando, e mexendo, e misturando, e triturando a gente
Quando termina o processo parecemos um trapo, um indigente
Sentimentos que voltam com um relembrar
as lembranças machucam só de pensar
das pessoas que foram pra nunca mais voltar
dos momentos bons que insistem em acabar
das viagens maravilhosas que tendem a terminar
dos sonhos realizados que com o tempo vão se dissipar
de toda a coisa efêmera que como a vida vai se encerrar
Não quero flores na minha despedida
Quero que deixem as flores no campo, quero que deixem elas florescerem
As flores devem mostrar sua beleza e não presenciar minha morte
Não quero lágrimas na partida
Sorrisos espalhei durante a vida e sorrisos quero levar por justa troca
Não quero morrer hoje, tão pouco amanhã
Quero viver muito, bom ou ruim, esse é o mundo que tenho
Bom ou ruim esse é o corpo que tenho
Boa ou ruim essa é quem sou
(Adriana Rampi)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Já me apaixonei por pessoas
Desapaixonei quando descobri que era um ego e não uma pessoa
Já amei muitas pessoas
Não odeio ninguém... deixei apenas de amar algumas
Já me apaixonei à primeira vista por um rosto bonito, e me desapoixonei à primeira palavra trocada... já me apaixonei à primeira conversa
Já amei com gestos, e não sendo suficiente com palavras... daí parti pros elogios... eles sempre funcionam... mas dai a gente deixa de amar, porque também deixa de admirar...
Passei tempo com muitas pessoas
Com algumas quero mais tempo, com outras quero meu tempo de volta
Já me enganei com as pessoas ou me deixei enganar
as que me enganaram foi porque acreditei nelas
as que deixei me enganar foi porque eu acreditei demais em mim
Já amei coisas... me apaixonei por coisas, não podia viver sem elas
Hoje nem sequer me lembro que coisas eram essas... resolvi amar só pessoas, momentos, lugares
as coisas vão, se perdem, perdem a importância e somem da lembrança
Pessoas, momentos e lugares também se perdem, mas nunca deixam nossa memória
Bani a quantidade, quero só saber de qualidade
Não quero viver mais, quero apenas viver melhor
(Adriana Rampi)

terça-feira, 5 de maio de 2009

O fogo do Sol na manhã mais bela da vida
Como se fosse o último dia do passado
e o primeiro dia do resto da vida
A água da nuvem que chove lavando
a sujeira do corpo, a impureza da alma
O vento que leva as coisas "levianas"
deixa um pouco do que carrego
o resto no fogo inflama
inflama no Sol testemunha dos nossos pecados
Na chuva que chora com piedade da nossa alma
No vento que leva o que resta do que somos
(Adriana Rampi)

3 coisas

A canção, a melodia e a voz
As batidas do coração, as gotas da chuva , flores exalando
O sorriso, o olhar, o beijo
O rosto, a mão, um toque
Meus dedos, teus dedos, cruzando
Um oi, um amor, tchau
Aqui, alí, nunca mais
Agora, pra sempre, já foi
A canção, a dança, a ressaca de vida
Sozinho, amando, sofrendo
Cantando, pensando, morrendo
Gerar, matar e morrer
Entrar, celebrar e partir
Sair, celebrar, voltar
Uma vida, outra vida, o resto do mundo
Mulher, homem, ????
Deus, homem, macaco
Ontem, hoje, futuro
Surpresa, vida, nós perdidos
Dúvida, resposta, incerteza
Mãe, pai, eu
Eu, alguém, e não sei
(Adriana Rampi)
Acordei com vontade de nada, de nadar
Ficar à toa, ir pra praia ver o mar
Acordei com vontade de despertar
acordar só a minha alma, deixar o corpo descansar
Acordei me achando estranha, me sentindo diferente
como se durante a noite eu tivesse virado gente
Talvez minha alma esteja trocada, ou somente alterada
mas não sou a mesma que ontem na minha cama estava deitada
Dormi sendo uma e acordei do avesso, do outro lado
Me resta descobrir o que tem neste meu eu inesperado
(Adriana Rampi)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A caixa de pandora

As coisas feias do mundo
os males de dor mais profundo
da janela a testemunha
o fim dos tempos chegou
a pandora abriu e ninguém mais fechou
e a guerra mata o bem
e a paz que não tem mais ninguém
a paz no caixão da pandora
e o mal que ao homem devora
nossa vida e a nossa história
que nem quando vence tem glória
porque numa batalha os dois perdem
perde quem mata e quem morre
perde se almas
perde se esperança
perde o velho, o adulto, o adolescente e o sonho da criança
A caixa de pandora
que todos temos dentro de nós
abrimos alguma hora
mata tudo e ficamos sós
Se o sangue que lavou essa terra
se a terra dá nosso alimento
comemos a nossa ira
comemos nosso tormento
O canhão que matou o meu filho
matou o teu irmão
matamos, morremos todos
acaba-se a nação
(Adriana Rampi)
Na minha vida a única certeza que nunca falha é a da liberdade
No mais, todos meus desejos são sempre contrários a essa vontade imperativa
E essa contradição acaba com todo o resto!
(Adriana Rampi)
Tua incerteza é a minha
E embora não fale, eu sinto
E embora fale demais quase nunca é o suficiente
E embora eu aparente não sou
E embora eu mostre, nunca é tudo
(Adriana Rampi)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Quem disse que a beleza é bonita?
Falar com alguém inteligente geralmente é o que excita.
Sem hipocrisia ou pornografia, beleza se torna palpável quando a boca se agita.
Dos sons mais distintos traduzindo um pensamento, do saber que é da alma o alimento,
se o conteúdo é pouco dou um sorriso e um tchau, não convivo com gente curta, não me levem a mal
Se resumir a beleza a pura estética, os cegos não iriam amar
O amor é cego ao físico, o que importa é o que tem pra falar
A velhice rouba a beleza, e um pouco da memoria, mas a sabedoria... isso é outra história
Quero alguém pra que na velhice, quando o sexo já não importar
possa ter algum diálogo... boas palavras para trocar
(Adriana Rampi)
Se a flora fosse estação seria a primavera
Se a praia fosse estação seria o verão
Se a neve fosse estação seria o inverno
Se o outono não fosse estação não teria primavera

Se o homem fosse animal seria macaco
Se o macaco fosse humano seria politizado
Se a zebra fosse humana não teria preconceito racial
Se o preconceito racial fosse humano não seria irracional

Se a água fosse sólida seria gelatina
Se a gelatina fosse comida seria fruta
Se a comida fosse luz seriamos planta
E se planta fosse comida o mundo inteiro morria de fome

Se o preto fosse cor seria branco
Se o branco não tivesse nenhuma cor seria preto
Se a gente acreditasse nisso seria culto
Se a gente fosse culto... seria macaco!
(Adriana Rampi)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A arte de lidar com as pessoas...ou com nós mesmos

(Adriana Rampi)
Paz mundial. Tema bastante abrangente e que talvez não fosse tão complexo se não fosse à dificuldade da primeira etapa deste processo: a paz interior.
Todo o ser humano nasce sem sequer ter escolhido nascer, o ser humano chora quando nasce, alguns por espontânea vontade ou senão por gentileza do médico, pra dizer ao mundo: “- Eu cheguei, estou aqui.” Há pessoas que crescem achando que chorar é a melhor maneira de dar ao
mundo o sinal de que existem, outras acham que só porque não pediram pra nascer que a vida tem uma dívida com eles. Pessoas nascem, crescem, morrem, nem todos evoluem.
O homem, desde o macaco, vem tentando se civilizar, isso dando crédito a teoria Darwiniana da Evolução, e com um pouco de sorte antes do apocalipse, agora considerando os escritos bíblicos e até o Criacionismo, a gente consiga pôr em prática a utópica definição de sociedade civilizada,
igualitária, que de tão perfeita paradoxalmente é quase um paraíso, lugar alias de onde duas pessoas foram expulsas por ter certa dificuldade de lidar com “regras”. Confuso pensar que desde o paraíso haviam normas, e punição, afinal porque era “paraíso” então? Adão e Eva poderiam ter protestado, mas infelizmente não havia nenhuma outra pessoa pra jogar a culpa. Talvez eles até tenham tentado lançar a culpa no maldito réptil que lhes ofereceu a maça, mas sua vontade reprimida de lançar a culpa em alguém foi muito bem distribuída nos genes dos seus sucessores. As pessoas tem um sério problema em admitir seus erros, admitir que o problema delas elas mesmas criaram, a culpa sempre é de alguém, não importa quem (ou o que), foi sempre uma causa maior. Na verdade as pessoas só são irritantes porque nós não sabemos controlar nossas emoções e deixamos algumas pessoas tirarem nossa sanidade antes mesmo de contar até dez.
Robinson Crusoé é um mártir, se isolou em uma ilha e não morreu de tédio. Poucos agüentariam passar vinte e oito anos sozinho sem enlouquecer, porque na verdade mais pura e límpida, o que assusta na solidão não é o fato de não termos ninguém, mas sim o fato de não termos ninguém além de nós mesmos como companhia. Se a pessoa não suporta a sua própria companhia, tem medo de solidão porque então os outros que são difíceis de conviver? Conviver é necessário para a sobrevivência. Há uma lista imensas de virtudes para desenvolvermos: tolerância, paciência, sinceridade, honestidade, altruísmo, e por aí vai. A arte de conviver, aturar e respeitar toma muito tempo. Talvez os vinte e oito anos de Robinson fossem pouco ou muito tempo para algumas pessoas, mas o fato é que ele se isolou. Não temos uma ilha pra nos isolar, então não evoluímos porque nos distraímos com o defeito alheio e esquecemos dos nossos.
O homem adquire e vende suas qualidades, as trocas mais bem pagas não envolvem capital. Rico são os que não vivem de desculpas, mas sim de soluções, que simplificam ao invés de complicar. As coisas são grandes ou pequenas depende do ponto de vista do observador, se as coisas não mudam, quem tem que mudar a percepção somos nós e exercitar a maestria de viver livre dos outros, sem necessitá-los pra nos desculparmos por nossas falhas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sou uma hipérbole cheia de eufemismos na minha ironia
Sou pura sinestésia, cheia de metáforas metamorfósicas,
porque cada palavra de mim é pura literatura
díficil de ler nas entrelinhas, e com todos silêncios preenchidos"
(Adriana Rampi)

Por não suportar a presença do silêncio,
tratei de preencher o seu vazio com palavras
que valem mais do que o descanso decibélico
(Adriana Rampi)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

A janela da minha vida é como a janela de um trem
muda de paisagem
to sempre de passagem
não paro em nenhum lugar
A janela da minha vida vê pra dentro e pra fora
ve o antes e o agora
pra o depois melhorar
a janela da minha vida não tem cortina bonita
ela só tem o vidro
pra o outro lado mostrar
(Adriana Rampi)
Nas duras folgas de queda entre um coração partido e um novo amor
Descobri que a liberdade é a melhor forma de compromisso
A liberdade nos permite encontrar a pessoa errada sem culpa
e nos permite amar sem compromisso e nem desculpa
e a liberdade nos permite a entrega por espontaneidade, sem pressão ou cobrança
liberta nosso melhor eu que se permite ser amado e amar sem cobranças
E nas intensas retomadas entre um coração partido e cicatrizes
Descobri que nós mesmos permitimos a dor, sem nosso consentimento nada acontece
e que se abrirmos mão por um segundo da nossa liberdade e quisermos a liberdade do outro
acabamos por ficar sem liberdade nenhuma, ficamos perdidos e pressas fáceis da dor
(AR)
Se atravessa o oceano e cai neste engano
a resposta se atrasa ou simplesmente não aparece
Caio nesta tristeza, se destrona a realeza esperando por uma resposta de alguém
Uma resposta distante que talvez nunca chegue, a resposta que não vem
Se a garrafa afundou por falta de lógica física
A resposta que esperava naufragou e eu fico tísica
minha alma definha em angústia e dor
Em uma ardida espera de medo do silêncio que é a pior resposta a encontrar
Terra vista das respostas vou procurar por esse mar
Viajarei o mundo inteiro a resposta quero encontrar
Mesmo que depois descubra que sempre estava dentro de mim em algum lugar
Espero pela resposta, que não veio ou nunca virá
(Adriana Rampi)
Uma nova folha cai todo dia da árvore da vida
a fotossíntese que faz a árvore crescer e nos levar o mais alto possível
mais perto do céu
mais perto da perfeição humana
Divinos são os frutos que deixamos cair no solo
Maduros, despencam dando lugar a novos frutos
E as raízes que nos mantém em pé nos impedem de locomover,
nossa única rota de fuga é o topo, lugar pra onde vamos ao crescer cada dia mais
Incrível pensar que não precisamos nos esforçar para crescer, envelhecer
mas precisamos de um esforço sobre-humano para "amadurecer"
Tudo acontece naturalmente... todo dia
Até que nossa árvore seque
Seus frutos morram
E todas nossas folhas caiam
Só o que resta é o solo que nos abrigou
E as sementes que acabamos deixando pra posteridade
plantada nos solos alheios
(Adriana Rampi)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Nossa razão de viver sem propósito e sem limite
O frágil limite do caráter diante da tentação do sonho
as linhas que traçamos até nosso propósito curvas ou retas
Não se pode ignorar nossa fragilidade humana
nossa fácil entrega ao erro
Nossa tendência de impulso ao resultado final, ao fim com o meio mais curto
Somos humanos nas falhas e divinos nas qualidades
Não podemos ignorar que nosso sonho pode ferir os outros quando não medimos nossos planos até eles
Se pisar na asa de um anjo te ajudará a voar não esqueça que desfalecerá teu unico meio de voltar ao chão
Voar alto não é atingir os objetivos, voar alto é simplesmete sublimar a alma
Não pisar nos outros, pura e simplesmente permitir que seu espírito ande em nível superior que teu corpo
Se precisas de ajuda, ajude a si mesmo, ajude aos outros
Chegamos mais perto do céu quando nos desprendemos das nossas ganâncias
Chegamos mais perto do céu quando estamos mais perto do próximo
Chegamos mais perto do céu...
(Adriana Rampi)

sábado, 4 de abril de 2009

DECIDIR

Ah esse custo de oportunidade
q reparte nossa vida em dois caminhos
o fato de escolher implica liberdade
o ato de escolher não
Escolher não é perder, mas sim deixar de ganhar
Ah essa escolha... sempre se valendo do longo prazo pra se justificar ou
valendo da incerteza do amanhã pra se consolar
Vida mão única... cheia de pedágios sem desvios no caminho
e cheia de rodovias para se transitar
Vida sem mapa...sem guia
(Adriana Rampi)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Se pudesse escrever um poema sobre ti dispensaria palavras
seria todo de olhares, gestos, cores e sensações
Se houvesse uma canção pra falar de ti, seria como uma prece
não que sejas perfeito mas é que tuas virtudes me tocam mais que as imperfeições
Se pudesse pintaria o céu com os coloridos que vejo na tua alma
pra dar um pouco de ti ao mundo sem ter que dividir a parte que me cabe
Quero que sejas feliz e sei que felicidade implica liberdade
Mas se quiseres ser feliz ao meu lado sei que foi por opção tua e não porque te prendi
Deus nos deu como asas a nossa imaginação, ela vai mais longe do que qualquer pássaro já foi
se alçarmos voo juntos voaremos além dos limites entre o sonho e a realidade
nossas almas se combinam, e nosso futuro está de mãos dadas a nossa frente
Temos o tempo todo, o mundo inteiro, a vida inteira...
(Adriana Rampi)

segunda-feira, 23 de março de 2009

E como se o mar fosse entrando em minha alma me senti inundado por essa onda
fui sendo arrastada pra longe da margem de onde o certo me mantinha estável
na perturbação do mar pude me perder e me encontrar por inúmeras vezes
Não quero mais ficar na margem do mar
Não quero ficar no marasmo e ver a vida passar
Sei que posso me afogar, mas é o risco de tentar
É um risco permanente constante
Mas é melhor correr riscos do que esperar na beira, esperando o mar secar
a areia sumir, a vida passar

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sei que flores falam
Sei que no silêncio calam as palavras
Mas deixam o coração buscar o diálogo
Sei que os olhos falam
Sei que no silêncio eles dizem mais
do que milhões de páginas seriam capazes de descrever
Sei que mãos falam
Não com a liguagem de som
mas na sinestesia da liguagem do tato
elas trocam muita informação
Sei que as almas falam
Na conversa insistente que grita silenciosamente
o que a emoção mais inconsciente tem pra dizer
Sei que perfumes falam
Eles falam com a mente, e a memória da gente
e a gente sempre consegue entender
Sei que fotos falam
Elas contam dos segundos, em um simples momento
que a gente teve em nosso viver
Sei que as bocas falam
Não só com a fonética das letras
Não só com as palavras
Mas com todos os sentidos que complementam tudo aquilo que ela leva até eles!
(Adriana Rampi)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Os 7 pecados

É a preguiça que segura nosso corpo uns minutos antes de levantar de manhã
nos persegue e se rende a luxuria da noite anterior que nos tirou o vigor
É a gula de quem come tudo pela última vez na vida e engole nossa saúde
nos faz devorar nosso respeito ao corpo e a nossa sanidade sem pudor
É a vaidade que nós permite ver apenas virtudes em nossa alma humana e imperfeita
proibindo a evolução do nosso espírito e espandindo nosso ego
É a ira que nos faz por em gesto toda a raiva das pedras que nos jogam e insistimos em carregar vida a fora, e que com irracionalidade animal deixamos aflorar e causar o caos
É a cobiça que não permite nunca nos contentarmos com o agora, mas simplesmente com tudo aquilo que está no passado ou talvez possa estar no presente, que cega a alma pra dádiva presente
É a luxúria que nos torna voluvéis aos sentidos do corpo que nos leva a condenar o bom senso e nos faz querer perder os sentidos por prazer sem pensar na conseqüência de por os desejos acima das necessidades
É a inveja que nos prende a mesmisse de querer viver o que o outro tem e que nunca se contenta com o que é mas nunca muda de tática enquanto espera que os resultados por si só mudem

Não há uma regra de apenas 7 itens pra definir os pecados, pecado é exagerar, nada do que é ponderado é pecado.
O descanso é necessário para o corpo, quem não descasa enlouquece, quem descansa demais não vive.
Não se pode simplesmente parar de comer, pode-se comer o que necessitamos ao invés de comer tudo o que nos apetece.
Não somos trapos, um pingo de vaidade pode nos ajudar a controlar a preguiça(fazendo exercícios) e a gula (regimes), vaidade demais nos cega, e de menos nos mata.
A ira é inevitável na nossa condição humana, se canalizada para o bem, a força que temos num momento de ira pode ser benéfico para limpar a alma de qualquer mágoa.
A cobiça em excesso nos faz materialistas, e sua falta nos torna conformistas.
Sem sexo entrariamos em extinção, mas viver só disso é como ter o livro sobre os mistérios da vida e insistir em ler apenas uma página.
Uma dose de inveja pra inspiração não vai mal. o excesso dela nós torna pessoas horrendas sem escrúpulos.
E tantas outras coisas em excesso poderiam ser pecado, na verdade o grande vilão, o pecado maior é exagerar, para menos e para mais.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O silêncio de quem prefere calar uma guerra a ter razão.
(Adriana Rampi)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Na escuridão da noite pude ver nas memória minhas lembranças
e no silêncio profundo escutar minha própria voz
E na calmaria que nunca havia antes sentido
Consegui sentir a vibração dos meus sentidos tão entorpecidos pela intensidade de mim
Na solidão fui capaz de me descobrir
Saber das minhas reais vontades, bondades e maldades
Na solidão de mim me descobri uma boa companhia
e depois desse dia meus amigos e amores são importantes mas não mais fundamentais
Na solidão descobri que eu sei ser eu mesma e me suportar
porque não mais enlouqueço com o silêncio o escuro e a solidão
pois toda a luz e som que preciso carrego dentro de mim
E as outras pessoas não querem mais me deixar só
Não com medo de que eu enlouqueça nessas descobertas de mim
Mas porque sou uma companhia agradável aos outros desde que descobri como ser uma melhor companhia para mim mesma!
(Adriana Rampi)

Pintores da vida

A cada dia novo que nasce como uma tela branca, no nosso pincel colocamos cores pra fazer o croqui da nossa vida
Na tela branca surgem traços de um dia, de uma história, de uma vida
Nunca sabemos que dia nossa pintura será digna de exposição, mas sabemos que por mais bela ou feia que seja a pintura no fim do nosso dia, ela morre com o entardecer, como se uma lata de tinta preta escorresse sobre ela, virando passado, pó!
E como que por mágica no outro dia some o negro e apenas o branco vazio nos aparece, com o pincel e a tintura
Não se pode avaliar uma pintura antes que ela esteja pronta, ela pode começar com traços toscos e terminar em uma bela obra de arte
Nós somos os pintores da vida, e nossos quadros do passado estão guardados com as melhores e piores pinturas no mausoléu das nossas culpas e lembranças
E cada pintura inútil guardada pesa carregar, com suas cores e traços horrendos perturbam a visão e a alma
Como todo bom pintor devemos ter a humildade do desprendimento das nossas criações, desde as obras que pintamos, aos filhos que criamos, aos amores que um dia amamos
Nós devemos nos permitir o deleite da tela branca incerta, louca para ser pincelada!
(Adriana Rampi)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Não quero que hoje chovam lágrimas da minha alma sobre a terra
pobre são os pecadores que não sabem se perdoar
Se peco é porque sou humana, e não por apenas gostar
Não quero que as estrelas iluminem a noite da minha tristeza
pois tenho vergonha da dor que não quer se curar
Sofro não por ser masoquista, mas porque toda dor tem uma lição de grandiosidade a ensinar
Não quero que Sol nasça antes de refazer minha alma transbordando de virtudes
não quero ser perfeita mas peço a Deus que me conserte por compaixão
Quero apenas que meu dia amanheça, minha alma enobreça e que em paz esteja meu coração!
(Adriana Rampi)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

As folhas caem no outono do meu coração
Alma minha que chora no embalo da triste canção
Se meu peito se parte ao dizer um simples adeus
e o pouco resto de mim pede forças pra Deus
Se na carta de despedida uma lágrima cai
E o amor sem medida que não cessa se vai
Nas últimas palavras que escrevo pra ti
Sei as coisas de adeus não deixam de existir
As palavras, abraços olhares de tchau
Sempre um acha que o outro está sendo mau
Mas a vida segue seu curso, mesmo em pouco recurso
e a morte do amor faz um outro nascer
Mais um dia que raia pra gente viver
(Adriana Rampi)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Se a música tocasse pra mim e na letra ouvesse uma história feliz
eu poderia saber que nem sempre se acaba quando se está no fim
Se a música tocasse pra mim e na letra falasse de um amor verdadeiro
eu saberia que não amei por amar e que amor de verdade também é passageiro
Se a música que tocasse pra mim não tivesse um fim eu iria cantar
Dançaria seu ritmo lento deixaria minha alma bem leve voar
Se a música fosse tão triste que ninguém resistisse e começassem a chorar
eu iria nadar nessa música e nas suas lágrimas iria me afogar
Se tocasse essa música pra mim eu saberia que a vida valeu a pena viver
Mesmo que a dor tivesse sido maior que todos momentos de prazer
Mesmo que a canção acabasse antes de eu te ter
Mesmo que a música acabasse antes de eu te esquecer
(Adriana Rampi)
Quero nadar no mar dos teus braços
e me afogar nos teus sorrisos
me perder nos teus beijos
quero perder o juízo
Quero entrar nos teus olhos
quero ir com você até a lua
quero andar contigo o mundo
mesmo que ele acabe nessa rua
Quero fumar você inteiro
Quero beber-te em pequenos goles
Quero tê-lo entre meus braços
quero comer-te em pequenas doses
Não quero anel nem papel
Não quero padre e nem juiz
quero gestos e atos sem palavras
o que a gente vive, pensa e sente e não o que a gente diz
Quero ouvir o seu sim
mas quero o sim só pra mim
não quero branco nem véu
Quero um beijo e o céu
Não quero flor e nem verso
Só sentimento eu te peço
Nem uma casa, nem teto
quero amor e afeto
O resto a gente consegue
se não consegue persegue
Agora eu só quero a praia, areia
Quero você, sou sua sereia!
(Adriana Rampi)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Não permita que a noite chegue antes do meu amor
Não permita que eu me omita por já ter sentido dor
Não permita que o choro me afogue os sentidos
nem me deixe na escuridão
Não peço mais do que um dia inteiro, pra iluminar minha razão
Minha lucidez não distingue mais norte de sul e minha mente se abriga na sombra da insanidade
Não permita que eu morra antes da flor da idade
Não quero chorar os rios que estão correndo na minha alma
pois quero que ela flua e não seque
Quero minha alma pura, não quero mais que ela peque
Não permita que eu caia no abismo da tentação
Pois a tudo se pode resistir, menos ao que não se pode dizer não
Não permita que a chuva caia sobre as folhas caídas do jardim
regue apenas aquelas gentis flores que nascem pra você e pra mim
Não permita que o mundo vire um cristal e que nossos corações virem pedra
Não permita que a banda pare antes da minha canção
nem tire do violino as cordas que tocam minha emoção
Não permita que a orquestra caia em desarmonia
Nem que meu coração se parta em desespero e agonia!
(Adriana Rampi)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Se um dia eu fosse saber das respostas pra perguntas que eu fiz
Eu queria primeiro dizer que elas já não me bastam nem me fazem feliz
Se um dia eu fosse saber de todos os amores que amei
Diria que hoje não sinto nada, nem os reconhecer eu sei
Se um dia eu fosse saber de todas as feridas que abri e de desespero sangrei
Olharia hoje as cicatrizes e que se com elas não morri, com nenhuma outra morrerei
Se um dia eu fosse saber de novo de todas as minhas desventuras
diria que o fracasso não valeu nada perto da tentativa e das aventuras
Se um dia eu fosse saber de todas as lágrimas que derramei em toda minha vida
saberia que poucas vezes chorei com vontade, com uma dor doída
Se um dia fosse sentir de novo todas as quedas por que passei
reconheceria em cada uma delas uma característica em que melhorei
Se um dia fosse saber de toda minha falha e imperfeição
Saberia que elas somente mudam porque jamais fui perfeição
(Adriana Rampi)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Minha insanidade é extremamente normal
Ela louca, doida varrida, insanamente natural
Sou doida de pedra, pedreira, pedregulho
Sou doida varrida com muito orgulho
Nunca quis mesmo ser padrão
sou louca de emoção e de razão
Na minha loucura eu vivo bem
a camisa que prende meus braços não seguram minha imaginação
Sou louca por opção!
(Adriana Rampi)
Se o tempo que passa
voltasse pra atrás
Andasse de costas
seria demais
Faria de novo
as mesmas besteiras
as mesmas bobagens
as mesmas asneiras
Se o tempo que passa
passasse às avessas
eu bem devagar
não teria pressa
Pra de novo errar
crescer nos meus erros
errar e a apanhar
Se o tempo passasse
naquele lugar
naquele minuto eu ia ficar
naquele passado eu queria estar
naquele momento eu ia parar
e o tempo que passa
não ia passar, nem n'outro passado iria voltar
o tempo que passa iria parar
naquele momento e lugar
(Adriana Rampi)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Com os relacionamentos anteriores aprendi:

"Não se manda no coração
Não se morre ao dizer/ouvir um não
Cada lágrima derramada fortalece (e não endurece) o coração
Não há homem que valha a dor da decepção
Amor próprio é a palavra chave pra qualquer relação
Respeito é o responsável pelo tempo de duração
NUNCA ESPERAR QUE HUMANOS ATINJAM A PERFEIÇÃO"
(Adriana Rampi)
"Se nascesse hoje lágrima
Não choraria
Se nascesse dentes
não sorriria
Se nascesse amor
não sofreria
Hoje se nascesse braços
não abraçaria
Se nascesse vida
Não morreria
Se nascesse silêncio
Não calaria
Se nascesse alma
Não encarnaria
Se nascesse escuro
não me esconderia
Se nascesse gota
não cairia
Se eu nascesse flor
não desabrocharia
Hoje se nascesse amor
não sentiria
Se nascesse ódio
eu simplesmente morreria"
(Adriana Rampi)
E se acontecer de meu Sol se esconder ou não querer brilhar?

Quem irá trazer a vela para o meu escuro espantar?

E se a Lua fugir do meu céu e levar as estrelas e deixar apenas o vazio da escuridão?

Quem irá secar as lágrimas da noite do meu coração?

Minhas grandes asas precisam voar

Meu coração não pertence somente a esse lugar

E se as estradas forem longas demais pra um dia chegar?

Quem irá carregar-me nas curvas pra eu alcançar?

E se as feridas que cicatrizei começarem de novo a jorrar?

Quem irá defender o meu sangue pra minha vida salvar?

E se o tempo for acabar logo a frente e não houver tempo pra eu esperar?

Quem irá aparecer prontamente a tempo de ficar comigo a esperar?

Meu espírito livre precisa planar

Meu coração é leal sem as amarras pra segurar

(Adriana Rampi)
"Folhas que caem no chão
A chuva que vai fina caindo
O bater contínuo do coração
O suspiro do ar que vai sumindo
O doce embalo da canção
Meus pés que vão com o embalo indo
Os olhos que piscam sem uma razão
Minha boca que só ri o que está sentindo
Meu coração em conflito com minha razão
Tentando dizer o que está omitindo
Minha mente em conflito com minha emoção
Tentando calar o que está em minha boca vindo
E a primavera vai virar verão
E no outono as folhas vão caindo
E inverno chegando, uma nova estação
E as nossa vidas vão se esvaindo"
(Adriana Rampi)
A vida em marcha lenta
Leva o medo que me afugenta
e me deixa forte para a tormenta
A vida em marcha lenta
Dá o calor que me esquenta
E a maldade não mais se apresenta
A vida em marcha lenta
Me embala em música lenta
Me dá colo e me acalenta
A vida em marcha lenta
Traz o que minha imaginação inventa
Me dá maturidade que só a idade acrescenta
A minha vida em marcha lenta
Me tira da minha ansiedade violenta
Me dá o pão da alma que é o que alimenta
e vai me tornando a guerreira que qualquer coisa enfrenta
(Adriana Rampi)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Não acredito em loucura. Acho q loucos são gênios incompreendidos.
Há tantos talentos que não foram reconhecidos!
Tem tanta gente que age como Deus e não assume
os loucos são Napoleões Bonaparte, parte ruim
São o que são, são loucos sim
Assumidos, declarados
Sou loucos, não retardados
O louco sabe o que lhe falta
seja por falta de prática ou de habito
apenas esquecem de ser normais e chatos
(Adriana Rampi)




Não sei como é o paraíso

para isso era preciso ter morrido

a curiosidade não é tão grande assim

viver na Terra-inferno está bom para mim

Se o paraíso é um lugar bom não sei

Sei que lá comer maça é proibido

Imagino o que mais nas proibições está incluído

Já se sabe da serpente

mas se não me der bem lá não tem problema

Deus me manda pra Terra de novo

Lugar pra onde se manda todos que comem maças!!

(Adriana Rampi)

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A melodia não morre na alma
A canção desperta a calma
O corpo perde o sentido
E a alma perde o juízo
Entre dós e rés minha alegria engrandece
O corpo pede e a alma obedece
No doce ritmo da canção
Que embala meus pés e meu coração
E até as nuvens vem dançar
se enquadrar no ritmo embriagante
que leva alma por um instante
mas acaba por não retornar
A música suave que invade a sala
A esquina, a rua, a cidade, até a lua
Seu tom, sua melodia, esse som que inebria
Nessa doce manhã de sol, a orquestra invadiu minha vida
(Adriana Rampi)
Oh meu amor
Na vida há hora pra quase tudo
Se você for embora agora
Pode ser que perca sua hora
Não tenho pressa porque sei que virá
Mas se você for embora cedo
Seja por ansiedade ou puro medo
Pode ser que deixe sua deixa passar
A oportunida aparece, se não usamos ela esmaece
Se você titubear, a vida leva você embora
Pra tudo na vida tem hora, e o agora sempre é a hora de algo se concretizar
(Adriana Rampi)

MINHA VIDA DE MULHER

Minha vida de mulher
Acordo cedo todo dia, passar creme se arrumar
Tentar ficar bonita, se matar de trabalhar
Quero dominar o mundo, cansei de ser “dona do lar”
Sou frágil coisa nenhuma, que homem que iria agüentar
Todo mês ficar sangrando e nossas cólicas suportar
Agüentar todo mês a TPM que temos que enfrentar
Homem não agüentaria, logo começaria a chorar
Tirar os pêlos com cera, no salto se equilibrar
Ter sempre um sorriso no rosto pro marido agradar
Não que eu seja feminista, mas essa é a realidade
O homem velho e moça nova buscam compatibilidade
O que prova que o homem demora a ter maturidade
Minha vida de mulher
É ouvir piada machista, e se sou melhor que homem é porque sou feminista
Homens dirigem melhor, mas era de se esperar
Só tem o trabalho da rua e o carro pra se ocupar
Futebol com os amigos e cerveja pra relaxar
Minha vida de mulher não é dessas de marajá
Suo a minha camiseta e sei muito bem me virar
E embora goste dos homens precisava desabafar
Porque tanto egocentrismo é só pra se convencer
Mas no fundo nem os machistas conseguem sem uma mulher viver
(Adriana Rampi)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Intensidade

Com a mesma intensidade dos segundos passando pelas horas
Com a mesma intensidade com que o Sol nasce a cada aurora
Com maior intensidade que já amei outrora
Com o mesmo vigor que as ondas tem ao se formar no mar
Com o mesmo colorido com que a flora desperta na primavera
Com a maior intensidade na verdade mais sincera
Com a maior paixão que um rejeitado espera
Não meço a intensidade pelas palavras
mas pelos atos que ela carrega
pelo tamanho da estupidez de quem erra
porque é intenso demais ao tentar
Prefiro ser intensamente louco varrido
por ter tentado o mundo e não ter conseguido
ter levantado em cada vez que me vi caído
do que ser imbecil e superficial
vivendo e formal normal e artificial
tentando ser o que é tão igual
(Adriana Rampi)
Se as palavras fossem sementes
eu queria poder plantar
regar e esperar florescer
fazer um jardim de versos pra juntos a gente ler
Se as palavras fossem raios de Sol
eu iria me bronzear
encher minha pele de rimas
e todas recitar
Se as palavras fossem praias
nas palavras iria morar
mergulhar no mar de sonetos
e nele me afogar
Se as palavras fossem campo
Nele meu gado iria pastar
se alimentar de cada sílaba
só pra ver no que ia dar
Se as palavras fossem nuvens
cada chuva iria inundar nossas ruas
de poesias, rimas e palavras nuas
Se as palavras fossem estrelas
a luz da lua iria desvendar
cada estrofe que as estrelas
em constelação iriam formar
Se as palavras fossem rua
iria elas limpar
varrer cada esquina
pra suas frases juntar
Se as palavras fossem soltas
eu iria amarrar
pra fazer esse poema
e das palavras todas falar!
(Adriana Rampi)
Já dei os dois lados da minha face a tapa
Já cruzei o deserto, enfrentei calor, sede, fome
Tive que espantar os corvos e já tive meus pés em brasa
Não sei como cheguei até aqui, mas cheguei
Tudo isso pra te encontrar
Enfrentei multidões enfurecidas
Enfrentei o medo da solidão
Tive meu coração mergulhado em dúvidas
e minha alma entorpecida pela indecisão
Não tive escolha, porque pra chegar até aqui só havia esse caminho
mas aceitei porque no final tudo valeu a pena
Não preciso que encontres desculpas pobres do porque não estás aqui
Porque eu viajei o mundo e cheguei no lugar certo
e quando você me disse que não iria por qualquer bobagem eu soube
que mesmo tendo feito tudo isso por ti
ao chegar aqui, quem estava mais forte era eu
Quem tinha crescido e amadurecido tinha sido eu
E todas as noites que eu congelei
e todos os dias quentes que quase morri
não era tu quem estavas lá pra me estender a mão
pois tua vontade era cega as minhas necessidades
quem me socorria nos momentos em que precisava
era eu mesmo que suplicava a Deus que me desse coragem
E Deus, diferente de ti nunca deixou de estar ao meu lado
Agora eu sei, que não foi nem mesmo por ti que cheguei aqui
mas por minhas pernas
E que cada vez que tu me negava e dizia não, pedindo desculpas, por pensar me magoar
eu aceitava, porque a dor que tu me causava nunca iria se comparar
a todas as provas e sofrimento porque eu passei pra aqui chegar
E no fim eu sei que Deus me deu força pra enfrentar tudo
sei que a agora nenhum deserto, nem frio, nem fome, nem medo
podem me derrubar fácil
(Adriana Rampi)
Pedir desculpa demais, pra mesma pessoa, em um curto espaço de tempo é sinal de que você tem errado, com a mesma pessoa, com muita freqüência em um curto espaço de tempo. Pedir pra que essa pessoa não se magoe com você a cada vez que pedir desculpa já não adianta, porque pedir desculpa e não fazer nada pra se retratar não evita a mágoa, apenas atrasa o sofrimento!(Adriana Rampi)
Hoje acordei sem muita vontade de falar
Vontade de falar nada
Vontade de ficar muda, calada
Podia resmungar, esmurrar a parede, socar
Mas não, resolvi ficar quieta e calar
Como se não tivesse acontecido nada
porque nada foi o que aconteceu
na verdade foi o nada que me enfureceu
e pra não brigar, vou ficar parada
e pra não discutir vou ficar calada
Melhor ficar assim do que besteira escutar
Desculpas idiotas que você vai inventar
Não queres que fique braba, tenho o direito de ficar
Mas não vou discutir, melhor eu evitar
Evitar uma discussão e quem sabe também te evitar
pode dizer que sou insensível, mas uma certeza vou te dar
Só estou dando de retorno o mais do que você tem a ofertar
(Adriana Rampi)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Algo sempre falta
E desde que não falte o importante
o que falta é só o restante
(Adriana Rampi)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O cedo de hoje é ontem
e o cedo é verde, cru e inexperiente
e o ontem é velho e condena a gente
O tarde de hoje é amanhã
e tarde é melhor do que nunca ter chegado
e amanhã é novo, promissor e esperado
O presente do passado é o futuro
passado já foi, já era
o presente é, esta sendo agora
o futuro é o que se espera
(Adriana Rampi)
Hoje cedo acordei tarde
e de verde fiquei amargura
e de caída fiquei madura
Hoje tarde acordei cedo
e de pétala era flor
e de dor era amor
Hoje de manhã acordei ontem
e de chuva virei nuvem
e de estrela virei céu
Hoje de tarde acordei amanhã
e de semente virei fruta
e de tempestade virei calmaria
(Adriana Rampi)
O Sol que levanta toda manhã
com cada cidadão e cidadã
Trabalha em turno integral e sempre faz hora extra no verão
Não resmunga, nem quando chove, nem quando está nublado
Ele trabalha de domingo a domingo e nunca fica mal humorado
O Sol, chega pontualmente em todas as casas
E sempre se retira em tempo da noite chegar
A Lua toda a noite, vem o céu abrilhantar
mas já diferente do Sol não tem turno regular
Às vezes é cheia, crescente, minguante e quando cansa
fica nova, mas nunca deixa seu brilho apagar
Divide seu trabalho com as estrelas e juntas vão nosso descanso velar
O Sol e a Lua formam belo casal, embora teimem em se desencontrar
culpa da rotina dos tempos modernos em que só se vive pra trabalhar!
(Adriana Rampi)
Da infelicidade eu quero distância
Nem que tenha que mudar de cidade, estado ou país
Minha alegria pode estar do meu lado, em Milão, Londres, Paris
Não que eu queira sempre fugir, mas não nasci pra ser mártir
A infelicidade não invade a minha nação
porque a felicidade tomou posse por minha eleição
Sou eu a governanta desta minha vida desgovernada
A tristeza não me destrona porque não tenho coroa pra ela tirar
minha vida é humilde e suada não sou a melhor mas quero melhorar
Meu eleitorado é fiel, sempre me elegem pra novo mandato
Afinal sou eu quem forneço os sentidos desde o paladar até o olfato
Da infelicidade eu quero distância
e se ela insistir em bater na minha porta mando embora com todo respeito
pra que não volte pra reclamar que lhe destratei com ar de despeito
Se tiver que correr dela, posso até ir embora pra outro planeta
Pego carona com um astronauta ou na calda de algum cometa
(Adriana Rampi)
Há tantas coisas que escrevi que sei que nunca vou enviar
coisas que fala minha alma e que as pessoas podem não saber interpretar
não porque sejam ignorantes de razão, mas porque todo ser humano tem diferente senso de distinção
Nossos corações ainda vivem em uma imensa torre de babel
Vez que outra até a gente se pega sofrendo pra fazer a tradução
E as coisas que escrevo são uma tentativa de legenda
pras coisas que o coração fala e que minha mente emenda
Mas as coisas que aqui escrevo sofrem bastante deturpação
a alma diz pro coração, a mente tenta traduzir, e quem corrige é a minha razão
Por isso nem sempre envio as coisas que escrevo e que não quero que leiam
pois não sei se descrevo bem as coisas que por dentro me bombardeiam
(Adriana Rampi)
Das dores que estão escritas desde os noticiários até as canções,
não se fala nem metade das dores que estão nos corações.
Nosso mundo caótico vira inferno na mão do homem que insiste em dizer
que o apocalipse, o fim dos tempos, vem nas mãos de Deus nosso fim tecer .
Nós acabamos com nosso planeta, com o próximo com nós mesmos,
somos tão acostumados a cometer sempre os mesmos enganos e erros
e força Divina não pode intervir nesse livre arbítrio usado para destruir.
Das feridas do mundo que retratam os jornais, que compõem os poetas
as feridas que nesse mundo só se fazem mais abertas
nossa dor não serviu para sanar nossa insensatez
de nos ensinar a lição, de acabar com essa estupidez
Os poetas, redatores, jornalistas e escritores cansados da realidade
Bordam as possibilidades para se chegar a solução
Como se estivessem escrevendo o desfecho de um longa de ação
Não sei até quando se falará de tanta guerra, fome, desastres e corrupção
nós mesmos nos levamos a esse Holocausto do mundo fazendo dele nosso campo de concentração
Espero que tenha um final pacífico, sem tantos mortos e feridos
E que se possa falar mais de amor e de valores hoje esquecidos
(Adriana Rampi)
Hoje o Sol se escondeu
Nas nuvens da minha dor
Sei que ele está lá
Mas a chuva da angústia quer me inundar
Não penso que a vida seja tão cinza
Mas é que quando estamos blue
O céu costuma esconder o azul
Não sei se explico direito
mas é difícil de expressar isso de qualquer jeito
Sei que meu Sol está brilhando em algum lugar
Entre minhas nuvens de angústia e meu mal estar
Nesses dias pra me alegrar fico identificando figuras
imagens que as nuvens formam pra distrair minhas amarguras
(Adriana Rampi)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Nossa insatisfação

Acho q o desejo humano se restringe basicamente ao aposto do que ele tem
A gente nunca está contente pelo que conquista ou ganha e nada do que se tem é o que convém
É incrível pensar no como a gente seria feliz se ao invés disso tivéssemos aquilo
Se estamos solteiros queremos casar, se casados desquitar
O ser humano é um ser infeliz, que pensa que governa o próprio nariz
Na verdade se a gente soubesse o que quer o destino não ia escolher tanto por nós
porque se a gente escolhesse morreríamos velhos e sós
A gente vai assistir um filme no cinema pensando que o outro seria melhor
e parece que tudo que é bom agora depois vai parecer o pior
Nossas almas incompreendidas, na verdade são incompreensivas demais
Porque nada, nunca, jamais nos satisfaz!
(Adriana Rampi)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Quando estou de frente pro mar, o mundo parece ser mais bonito
É como se em um único lugar coubesse todo o infinito
A natureza deve abrigar as virtudes
com excessão do homem que é puro defeito
Quando estou de frente pro mar tenho um orgasmo de alma, um deleite
Como se tudo o que preciso na vida estivesse dentro de mim
como se a felicidade morasse em um momento, em algo simples assim
Olhas para o mar pra mim, e responder em silêncio as perguntas perturbadoras da vida
É alimentar a alma, e no coração cauterizar a ferida
(Adriana Rampi)


A pulga atrás da minha orelha

Eu tenho uma pulga que mora atrás da minha orelha
quando não me deixa dormir me atraco a contar ovelhas
Dias e dias me perguntando coisas
não tem como acabar com sua curiosidade
e às vezes nem mesmo a resposta acaba com a sua ansiedade
Eu já disse pra ela, dar um tempo pra mim
porque se continuar assim vai ter que arranjar outro lar
Essa pulga é folgada, vive as minhas custas e nem pras dúvidas pagar
sim, ela faz uma baita bagunça deixa as minhas idéias todas fora do lugar
e quem paga o pato sou eu que fico com a vida de pernas pro ar!
(Adriana Rampi)

Vestibular

Chega o dia do vestibular
tanta coisa pra se escolher
que curso se vai estudar
qual alternativa eu vou eleger
muita coisa tem pra se pensar
a gente só fica titubeando
Parece que uma escolha errada
não vai dar pra gente concertar
como se toda a vida só fosse dar certo
se das 5 escolhas a certa a gente marcar
Mas não fique tão estressado
pois um dia isso vai ser passado
e você vai morrer de rir ao lembrar
Sempre se tem dúvida nesta vida
a alternativa escolhida, depois de um tempo, não vai mais nos prestar
a única certeza de acerto na vida se tem ao tentar
(Adriana Rampi)
Toda palavra não dita pode ser mal interpretada
porque poucos são capazes de ouvir o que fala a alma calada
muitos ouvem a própria consciência que fala por nós, nossa consciência mal educada
Toda a palavra dita será certamente mal interpretada
porque a verdade é mal recebida enquanto a mentira é celebrada
e uma sempre leva a fama da outra e não importa por quem seja escutada
Toda palavra escrita É mal interpretada
essa é a sina dessa pobre coitada
cuja nem seu escritor faz juz a sua denotação
e depois segue ela pro boca a boca, conotação em conotação
(Adriana Rampi)

MINHA PERCEPÇÃO DETURPADA

Eu e minha percepção deturpada
Eu não vejo mal debaixo da escada
nem do gato preto que eu vi
nem mesmo no espelho quebrado em que refleti
E eu adoro todas sextas feiras mesmo se 13 sempre vou gostar
Se vejo uma vassoura, mesmo que virada, sei que na casa poeira não há
Guarda-chuva aberto de baixo de teto pra mim não faz teto nenhum desabar
Pra mim bater na madeira nem mesmo serve pra espantar cupim
Sempre que minha orelha fica vermelha penso que tem alguém falando bem de mim
quem usa ferradura só pode puxar charrete, na minha opinião
e tirar o pé do pobre do coelho e carregar junto é não ter coração
o trevo de 3 folhas ninguém vai incomodar, já o q tem 4 vai em uma carteira escura morar
Se alguém varrer os meus pés é porque eu não me mexi do lugar
se eu acordo com meu pé esquerdo é porque ele quis primeiro levantar
Minhas crenças são todas bem tortas, sei que todos hão de concordar
Eu só acredito na sorte pra quem semear o bem,
e claro que quem é maldoso só o azar vem
(Adriana Rampi)
No verão da tua vida
você deve se permitir amar
colorir com giz de cera
pintar na tua vida o mar
No inverno da tua vida
você deve se fortalecer
Esquente a sua alma
não se deixe desfalecer
No outono da tua vida
faça todas as tuas mudanças
mate todos os teus medos
deixe espaço só para esperança
Na primavera da tua vida
se permita florescer
espalhe as boas sementes
pra em outra estação colher
(Adriana Rampi)


"A primeira vez que vi o mundo
pude abrir os olhos da alma
não foi como um mero acordar
foi um pleno despertar
Meus pés pisaram tantos lugares
e eu não tenho vontade de parar de pisar
Ver o pôr do sol de outro continente
do outro lado do mundo
de outro lugar
A primeira vez que eu vi o mundo
minha alma vibrava em uma freqüência alucinante
Meu olhos ficaram brilhantes, vi minha mente se iluminar
Meus pés já não mais me obedecem
seguem minha vontade, e não querem parar
Minha alma voa livre e o corpo tenta ela acompanhar
Minha imaginação tem passaporte carimbado, ela adora viajar
Quando estou cansada daqui, ela me manda pra outro lugar
Meu mundo é a lua, é qualquer esquina ou rua
Minha imaginação tem uma paisagem linda, e que nunca pára de mudar
A primeira vez que eu vi o mundo
descobri que a felicidade não mora onde a gente vai procurar
ela viaja o mundo com a gente, ela mora com a gente em qualquer lugar"
(Adriana Rampi)
Às vezes um simples não, pode ser o último
Às vezes uma simples palavra pode significar ADEUS
Às vezes um simples gesto pode salvar o dia
Às vezes um simples mal entendido pode virar uma guerra
Não faça da folha caída a morte da primavera
Às últimas coisas que se acabam, podem de fato ser as últimas pra você
(Adriana Rampi)
Se a porta se fecha olhe pela fresta que você vai ver
se a vida é difícil melhor você olhar pro seu lado e ver
que num mero infortúnio você já se entrega enquanto muitos penam pra vencer
tem tanta gente morrendo e outros vivendo sem ter o que comer
não reclame de barriga cheia Deus pode te castigar
Ele nunca dá carga maior do que a gente é capaz de carregar
Cuidado com tanta frescura que a vida pode piorar
se você só ficar procurando sarna pra se coçar
Ainda ontem te perguntei como a coisa toda está
Você com tristeza respondeu no olhar
Sua vida está muito sofrida, problemas no trabalho e no lar
Tem gente que nem tem trabalho para reclamar
Tem gente que nem tem uma casa pra chamar de lar
Você reclama muito da vida, olha muito mas pouco vê
E juro não é praga minha mas um é capaz de verdade você sofrer
(Adriana Rampi)
Desculpa se queria estar ao seu lado
e das minhas bobagens te fazer gargalhar
Desculpa se por vezes a minha presença não é suficiente para te alegrar
se a minha intenção não foi bem entendida queira me desculpar
Por mais que eu tente nada é suficiente pra te empolgar
Tenho muitos problemas mas eu simplesmente não quero falar
porque pouco te vejo e com as minhas queixas não vou te incomodar
Às vezes você me diz coisas com o seu olhar
essas coisas me ferem, pedem pra eu parar, me fazem duvidar
Mas saiba de uma coisa que nunca me emportei de meu descanso largar
deixar minhas coisas, meus outros compromissos pra com você desfrutar
Isso é um desabafo que hoje eu faço por ter meu coração a sangrar
pois você pode aceitar o meu jeito, mas nem sempre sabe tolerar!
(Adriana Rampi)
Hoje acordei meio assim, sei lá
Não quero ficar assim, mas às vezes não dá pra evitar
Hoje acordei querendo ver o sol nascer do outro lado do planeta
Acordei querendo voltar a ser nenem e não desgrudar da minha chupeta
Acordei hoje com sensação de descoberta, mas de não ter o que fazer com ela
Acordei com a sensação de ter que decidir se fico ou só deixo a porta aberta
Hoje acordei pra começar tudo de novo, mas sem ânimo nenhum pra começar
Acordei com a vontade de não ser eu mesma hoje
Sem vontade de estar no meu lugar
Hoje acordei meio assim, sei lá
Daquele jeito que não dá pra explicar
Acordei sem vontade de sair da minha cama
e sem vontade de pra ela voltar!
(Adriana Rampi)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Quem sou eu?

" Sou aquela que diz sim pra tudo
porque nunca estou em cima do muro
que quebra a cara, se esvai em sangue
que ri com a mesma intensidade que chora
que ama na mesma intensidade que adora
que sofre na mesma intensidade que comemora
Sou aquela que está em todos os momentos mais importantes da minha vida e que nas horas ruins foi embora
Sou aquela que levantou e seguiu viagem
Sou aquela que intensa e plenamente quer VIVER "
(AdriAna Rampi)

Véspera

Há uma sensação que paira no ar
toda sexta feira
final de ano
véspera de feriado
véspera de férias
Essa sensação é boa demais!
Há uma outra diferente desta que sempre chega em
véspera de entrevista pra emprego
Véspera de vestibular
Véspera de concurso (seja público ou de beleza hahaha)
Véspera de prova
Sim são situações diferentes, mas em ambas o que comanda é a expectativa
e a expectativa é uma sensação dominante
Como se no dia ou no momento seguinte a melhor coisa do mundo fosse acontecer
é como se o próximo momento fosse salvar uma vida inteira de desapontamentos
Sim, a véspera de alguma coisa sempre é muito importante
às vezes muito mais importante que o próprio fato, dia, evento...
Sim, é ela a expectativa que nós motiva
Então motive-se
Sinta todos os dias como se fosse a véspera do dia mais importante da sua vida, e tenho certeza que isso fará TODOS os dias serem melhor!
(AR)
Hum, quando eu ver você
eu vou te beijar até meus lábios gastar
Vou te abraçar até meus braços cansar
Quando a gente se encontrar
vou te prender junto a mim
vou te chamar pra ficar
na minha vida até o fim
Quando você em minha vida chegar
Amor não vou poupar
e sempre vou te dar o dobro do que precisar
(AdriAna Rampi)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Esse amor que não cabe no peito
não sei se há jeito de compreender
Faço de forma exagerada
Se estou apaixonada, estou pra morrer
E se tenho no peito um amor de verdade
na mesma intensidade também sei sofrer
Se tudo o que o eu digo não faz mais sentido
é porque talvez eu já cansei de dizer
que sei que amor de verdade se senti somente uma vez
que se sofre na mesma medida, se abre a ferida
que próprio amor fez
E se eu já estiver bem cansada
de não ser amada, e amar por amar
que Deus perdoe meus pecados
pois alguém não amado fica sempre a tentar
e a cada esquina que eu passe eu um prece reze pra te encontrar
pois na vida eu vivo esperando alguém para amar
(Adriana Rampi)
Se as coisas que te falo não te tocam a alma
E se as lágrimas que choro não tocam teu coração
E se as vezes que parti não te causaram emoção
Acho melhor então eu ir
Pra longe de ti
Vou sair com minha dor
Pela porta que abri pra deixar-te entrar
Mas preciso falar que por não saber amar
se pode morrer mais do que a quem demasiado adorar
Se a porta fechar a luz não vai mais entrar
pra teu rosto iluminar
e sem ver tua face posso parar de chorar
(Adriana Rampi)
Lidar com a verdade requer preparo
As pessoas adiam ela, fogem dela
Dizem que querem ela
mas no fundo não estão prontas pra ela
A verdade é como o pavio da dinamite
se você não estiver preparado
você será o fogo que a acende
É difícil aceitar a verdade, porque a mentira é sempre tão mais gentil
A mentira é educada, sutil
A verdade te invade, te arromba, te estupra
A verdade não é nem delicada e menos ainda educada
Ela é pura e simplesmente a verdade
A mentira usa de eufemismos
A verdade é escrachada
Uma mulher que fala a verdade sobre o que pensa
é feminista, anarquista
O homem que fala a verdade sobre o que sente
é retardado, é afeminado
É a forma como os humanos condicionaram a reagir a verdade: com deboche
porque o deboche é a forma mais fácil de fingir que não doeu quando no fundo doe muito
Todos já mentiram, seja por razões sérias ou por pura indecisão
Mas o fato é que a verdade, pra algumas pessoas, está diretamente ligada a punição
O marido que contou da traição
A criança que contou sua arte
A mulher que contou um desejo
Se quem foi diretamente ofendido não julgar, a sociedade julga
porque mentir todos fazem, mas falar a verdade são poucos!
(Adriana Rampi)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Sobre as amigas que tenho!

Amizades são coisas raras
nem as verdadeiras se pode comprar
algumas duram tão pouco
terminam sem a gente esperar
Algumas são verdadeiras
algumas são de fachada
mas aquela que não vale nada
nem da pra amizade chamar
Amigos são os irmãos
parentes que a gente escolhe
que junto com a gente colhe
os frutos que a vida vai dar
Há amigos de temporada
que na hora mais necessitada
e eles logo vão se afastar
Há amigos pra toda hora
que na hora que a gente chora
tem sempre afago pra consolar
amigo que ri com a gente
amigo que nos entende
mas que sabe também celebrar
Amizade é irmandade
quando real tem cumplicidade
e sabe os defeitos aceitar
Tem amigos q te deixam na mão
não por opção, mas por não suportar
que estejas às vezes sofrendo e eles não possam tua dor curar
Há amigos que são esquecidos
podem ser distraídos e não te ligar
mas amizade é ter a certeza
que mesmo que enfraqueça
ela nunca vai acabar!
(Adriana Rampi- para minha amiga Vanessa que é minha irmã)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Chorei das palavras não ditas
Malditas palavras que você calou
Palavras que nem escrevemos por ser dolorosa essa dor de amor
Essas dores não são de despeito pois o que dói no peito é a solidão
Longo oceano que está entre a gente
Em outro continente vive meu coração
Mas se um dia a gente se reencontrar e resolver tentar viver tudo outra vez
Vou fazer valer cada lágrima que nesse meio tempo longe de ti derramei
Mas se nossos continentes não se juntarem não mais sofrerei
Mas saiba que em toda minha vida eu jamais esquecerei
que um dia esse mundo se fez pequeno e o inverno virou verão
e então não chorarei mais pois hoje quem fala é só minha emoção
E meus passos tomarão o seu rumo, trocarei de amor e farei outro verão
(Adri R)
Você quer zoar comigo?
Honey, tem fila ai atrás
Se cansou e não quer mais
deixa a vez para o de trás
Sim, pode ir saindo do caminho
Não deixo ninguém me pisar
Essa tua sola de borracha
Não vale o meu tênis Nike
Não que eu tenha tanto cacife
Mais você quer bancar o cacique
Essa tribo é grande demais
Pirralho mau informado
toma o rumo do cercado
Vai brincar de Playmobil
Quando virar homem
e não for mais tão abusado
Vai ver que quando se é nenem
Não se zoa com ninguém
a menos que esse alguém queira te zoar
(AR)

ABSORVER E FILTRAR

Não é ABSOLVER é ABSORVER
Sim, quanto mais esgotamos um assunto falando dele,
mais sem importância ele é porque as verdadeiras descobertas acontecem dentro de nós
E não importa o que a boca diga, ela nunca vai conseguir seguir a velocidade do pensamento
E logo o que se diz já não é mais a nossa verdade
Não adianta criar teorias malucas pra vida, pro mundo, o mundo está em constante mudança
e nossos pensamentos também
Não adianta me dizer que o que eu visto e meus gestos falam sobre o que sou
porque isso não é verdade, eles falam de quem eu era, ou melhor, de quem eu estava hoje de manhã ao me vestir ou quem eu era há 2 minutos atrás antes de me dar conta do que minhas mãos estavam "dizendo"
Eu me catequizei e criei manias e hábitos
O próprio Freud disse: "há vezes em que um charuto é apenas um charuto", hoje o charuto é realmente só um charuto pq todo mundo já sabe o que o tal charuto significa!
Mas na verdade não é as exposições que nos fazem complexos e pre-julgados e pre-julgadores, é nossa própria e intensa vontade de se ler no outro e assim achar as respostas pro que a gente de verdade procura
Então não adianta muito se falar sobre as coisas mais simples do mundo porque elas são complexas mesmo
Temos que ter sede de saber mas na mesma dose um certo limite pra curiosidade, quando ela se torna inoportuna e atrapalha-nos nas experiências mais fantásticas da vida por reprimirmos nosso hipotálamo para deixá-lo a mercê da nossa racionalidade inesgotável!
(AR)

Tempos modernos

Nossa conduta urbana
Conduta humana
Conduta profana
Nosso caráter corrompível
caráter desprezível
caráter flexível
Nosso egoísmo exacerbado
Nosso egoísmo camuflado
Nossa luxúria insana
luxúria mundana
Nossa ética comercializada
Ética difamada
Deturpada
A liberdade e a libertinagem
A droga e a vulnerabilidade
A morte produto de publicidade
Alienação e a conotação da novidade
A manchete que nós deixa nos bastidores da verdade
A vida que passa e não se vê a metade
O respeito que virou antiguidade
O pudor e bom senso lenda pra puberdade
A pureza que se vende sem prazo de validade
A ganância que destroe o bem estar da humanidade
(ADRIANA RAMPI)
Que a verdade não se cale diante da mentira
E que a verdade não seja esquecida
E a mentira não seja ouvida
Que a verdade se mostre maior que o medo do castigo
porque a mentira pune muito mais a alma inquieta
E a verdade cicatriza qualquer ferida
Que tuas palavras soem fieis aos teus pensamentos e sentimentos
Mesmo não sendo sempre exatas que sejam verdadeiras
Que teus gestos não se contradigam com as tuas palavras
e que a verdade se expanda aos demais
Tire a máscara que está em seu rosto
Aquele jeito pomposo imposto
Aquela vocábulo erudito decorado
Tire os sapatos de marca que deixam seu pé apertado
Tire a gravata que te enforca
Deixe desse mundo de fazer fofoca
Deixe a palavra vir do coração
Deixe um pouco de lado tanta razão
Pode andar um pouco escrachado
Ninguém aqui é juiz ou advogado
Você, aqui, não está sendo julgado
Pare de fazer tanta pressão
Não me deixando ser eu
Com aquele velho olhar de sermão
Você nem sabe quem é você
só se preocupa com o que os outros vão ver
com o que eles tem a dizer
Pare de andar com esse ar de nobreza
Quando sei que não tens nenhuma riqueza
Nem moral nem material
Então larga essa pose empostada
Põe essa calça rasgada
Vou te mostrar que na estrada,
os que menos tem são os que mais tem a te oferecer!
(Adriana Rampi)

Felicidade de louco

Sei que sou louca mas a vida é tão boa do outro lado do muro da sanidade
O Sol sempre está brilhando, mesmo por detrás das nuvens
E a chuva sempre é refrescante e bem vinda
O calor aquece a alma, e o frio vem pra me fazer companhia
E as pedras no sapato eu tiro rindo dela ter parado ali
E os resmungos eu abafo ao som da música
E toda música é trilha sonora
E os tropeços viram pulos de amarelinha
Sim... sou LOUCA VARRIDA
Pra que me adianta ser sã e estar sempre infeliz!?
(Adriana Rampi)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Passar por você
foi um acaso
Um descaso
Estar longe de você
é sem graça
É uma desgraça
Essa distância absurda
Me deixa confusa
A gente sempre quer evitar o sofrimento
Mas a dor é inevitável, seja por terminar
Ou por arriscar!
Cansei de ver linhas cheias de bobagem
Melhor apagar tudo e seguir viagem
Não carrego nada como bagagem
Somente algumas idéias, força e coragem
(Adriana Rampi)
Não entendes quão simples é amar?
É doar o sentimento sem restrições
É dar a alma
Não quero fidelidade de pensamento pois sei quão são traiçoeiros
Traem a ti próprio e a mim não hão de render sua lealdade
Não quero tão pouco apenas teu corpo, deixe-o aos vermes
Mas o sentimento!! Ah, esse nunca morre
É ele que nos prende ao outro
É ele que comanda o corpo, as sensações, as vontades e por vezes domina o pensamento
Sim, podes me dizer que sou insana de dizer isso, mas que graça seria não sê-la e nunca amar!?
Mas se na velhice deparar com um corpo envelhecido e castigado pelo tempo, há de se sentir preso ao sentimento de não deixá-lo pelo simples prazer que lhe causa ao espírito estar em presença tão ilustre
A fidelidade do sentimento nos aprisiona mas nunca nos castiga, pois quem ama jamais é egoísta
pelo contrário, é tão altruísta, dá tudo de si
Está sempre esperando mas sem expectativa pois sabe que a expectativa nos mata e desaponta!
(Adriana Rampi)
Que minha vida não seja apenas uma chama de vela acesa ao vento
Que eu não chore as lágrimas em quantidade maior que eu distribua meus sorrisos
Que minhas pernas me levem mais longe que meus pensamentos
E que minhas loucuras sejam mais lúcidas que minha razão sóbria
Que minhas paixões sejam mais intensas que minha expectativa
Que minhas decepções sejam irrelevantes em relação as minhas surpresas
Que minha vida não siga em linha reta
Que meus caminhos se cruzem com os seus
Que os meus caminhos me levem bem longe
E que nunca eu desista dos meus sonhos só por já ter tido pesadelos
(Adriana Rampi)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Não cometa o erro de apontar o dedo
De virar o rosto
De torcer o nariz
Não se ajoelhe
Nem cruze os braços
Não rasteje
Não faça cara feia
Não dê as costas
Não de no pé
Não fuja, nem crie raízes
Siga em frente, de cabeça erguida, sorriso nos lábios
Não importa quão ruim seja o agora, sempre haverá um depois
Sentado na janela da vida
Observas o dia passar
A noite chegar
A criança crescer
E a velhice aproximar
Choras as desventuras
Ri das alegrias
e relembra as aventuras
Sentado na janela de ti
Vê teu corpo enrugar
A idade chegar
e a vida passar
Sentado na janela da tua casa
Observas que a vida sempre vai continuar
Sentado diante da morte que vem te buscar
Observa o medo do fim
e ora pela chance de poder viver melhor o tempo que passaste somente a observar
Rumar em caminhos desconhecidos é difícil no primeiro passo. Depois que se dá o passo inicial podemos transpor os demais sem tanto suor no rosto e sofrimento.Talvez a outra parte tão ou mais difícil que o primeiro passo seja o último da direção. Talvez porque signifique que chegou a hora de tomar outro novo rumo, porque nada é igual quando se muda a direção, e as vezes mudanças tem que acontecer independente de não as querermos. Cada desconhecido trajeto traz desafios, aprendizados... esse é o único jeito de crescermos como humanos.Criamos novas amizades, perdemos manias, abrimos a mente, ampliamos nosso conhecimento, botamos os pés no chão mesmo quando a cabeça está nas nuvens, aprendemos a não dar valor as coisas e a não dar preço aos valores e as pessoas, aprendemos que sabemos viver só quando trabalhamos para sobreviver.Aprendemos que saudade é suportável e que sempre temos saudades de alguém, dos que deixamos e dos que conhecemos durante o caminho e temos que deixar também! Mas crescer é arriscado, ficar estagnado é seguro mas não nos traz vida. E cá estamos subindo degraus sem perspectiva de fracassos ou sucessos, mas com a certeza do aprimoramento!!!Adriana Rampi

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Meu império não sucumbirá pois tenho meu coração fortalecido
Minha nobreza não é de riquezas, mas sim de virtudes
Minha riqueza não está em ter tudo, mas em precisar de pouco pra viver
A minha liberdade está no desapego material
Sou um ser humano em construção
Sou flexível as boas idéias, intenções e argumentos por saber que só pode exercer influência sobre mim aquilo que eu permitir entrar em meu templo
Tenho asas libertadoras que me levam pra onde eu quero, as chamo "imaginação"
Tenho um instrumento mágico que me permite materializar minha imaginação, o chamo "corpo"
Tenho consciência do valor da vida, e tenho consciência da importância da morte
Morrer dignamente não é se sacrificar por um ideal
Morre dignamente aquele que soube viver não por um ideal, mas pelo próximo
Vive dignamente aquele que reconhece a benção da felicidade e do infortúnio
e que soube desfrutar de ambas, cada qual a seu tempo, sem lamentar
Vive plenamente aquele que tem paciência pra esperar amanhã sem perder a dádiva do hoje e sem se culpar pelo ontem
(Samir)

Palavras

"As minhas palavras efêmeras pronunciadas e sem profundidade e sem densidade atravessam o ar, se propagam e se esvaem e muitas vezes se perdem
As palavras escritas são como um corpo no vácuo, se mantém em movimento, retilíneo, uniforme, esperando colidir com algum corpo celeste e acender uma luz no infinito."
(Adriana Rampi)
As lágrimas lavam a alma, mas somente os sorrisos a salvarão
As palavras consolam a dor, o gesto cicatriza as feridas
Os livros te abrem a mente, as viagens transformam os pensamentos
As alegrias engrandecem o espírito, os sofrimentos o fortalecem
As respostas acalmam o medo, as perguntas impulsionam a evolução
A idéia te acendem a luz, as ações te tiram da caverna escura
As paredes te dão proteção, as ruas te ensinam a se proteger
O medo te faz criar um mundo isolado, a coragem te cria pro mundo
A compreensividade te dá estabilidade, a inquietação te dá chances
A oportunidade te dá perspectiva, e a perspectiva te faz crescer
(Adriana Rampi)