A tempos não sei quem são meus amigos ou quem meus amigos são
nesta inconstante mudança da vida e do que essas mudanças fazem da gente
perdi vários amigos, não por circunstâncias externas,
mas porque eles deixaram de ser quem eram... então os perdi
Sei que também mudo, e todo o conjunto de coisas que mudam nos remetem a situações novas
a qual não sabemos como lidar
A tempos não me reconheço nas minhas lembranças
de pensar que fiz ou disse certas coisas pouco vejo da pessoa que sou hoje da pessoa que no passado habitava meu corpo
Sei que toda vez que trabalhei para combater um defeito acabei por defasar alguma qualidade minha... essa é a condição a que todo humano está condenado - a imperfeição
Há tempos que atravesso a porta de minha casa para entrar e sinto que meu verdadeiro lar deixei do lado de fora
O momento que menos me sinto em casa é quando lá estou
é idiota, mas é verdadeiro... quando estou em casa me sinto presa a normas e regras que tento seguir não por ser obrigada, mas para evitar o desgaste de palavras e de discursos de quem dita (por pensar ter direito de fazê-lo)
A tempos que não sei o que esperar dos meus dias
e da minha vida
e dos meus planos
e das pessoas
e das dores
e das alegrias
...
A vida para mim parece um ponto de interrogação gigantesco, da qual tento desviar minha atenção enquanto tento pura e simplesmente viver
(Adriana Rampi)
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário