quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Como agiriamos se a vida fosse feita de um material inacabável?
Você pularia de um helicóptero sem o pára-quedas?
Compraria aquela briga pelos seus amigos?
Sairia por ai fazendo a vida dos outros miserável ou tentaria fazer a sua vida maravilhosa?
Tentaria escravizar algumas pessoas?
E se todos nós fossemos dotados de poderes incríveis?
Ajudariamos os outros com nossas habilidades ou entrariamos em uma competição pra ver quem é mais cool?
O ser humano nunca poderia viver de eternidade... seria poder demais pra uns e miséria demais a outros.
Será que haveriam pessoas analfabetas por toda uma vida, pessoas incapazes de amar por toda uma vida??
Será que as pessoas nunca mudariam? Será que pessoas boas iriam ficar más e as más ficariam boas?
O mundo vai acabar... não amanhã, nem em 2012... ele vai acabar cedo ou tarde pra todos nós... é fato... se alguém viver pra sempre, me avisa que eu mudo meu texto.
Tantos já se foram, nós ficamos... as pessoas já foram piores, e o mundo em que elas viviam era mais consumível do que esse que temos hoje... mas tudo é conseqüência de um ciclo... mas parece que as pessoas sempre ficam devendo no quesito evolução... elas nunca conseguem suprir todo o portfólio.
Nós todos sabemos nossas limitações e todos somos conscientes de que temos prazo de validade e vivemos como se estivessemos pulando de um helicóptero sem pára-quedas! E o pior, levamos junto de nós todas as futuras gerações...
Impressionante pensar que acabamos com tudo, pra no fim nos acabarmos também... iremos morrer igual a tudo aquilo que hoje matamos lenta ou rapidamente no planeta... é assim que seremos lembrados (se haverá algo ou alguém pra lembrar de nós) como a raça destruidora...
Quem sabe se no futuro não irão fazer teorias sobre nós como fizemos sobre os dinossauros e dirão que os dinossauros eram seres mais evoluídos que nós...
(AR)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não

(Vinícius de Moraes)

terça-feira, 18 de maio de 2010

E o que é o amor verdadeiro se nunca fomos capazes ou tivemos a chance de amar de verdade?
Será que amor de verdade acaba um dia como aquela água que seca com a sede e acaba?
Não posso crer que as pessoas tenham amado de verdade se já não "amam" mais
Como pode o amor cegar-nos os defeitos, se são esses que nos fazem cair de amor pelo fato de um ser imperfeito ser tão passivel a ser amado?
Não quero crer que já amei de verdade, pois se já, não fui correspondida, e se já, não sei mais se sentirei de novo as borboletas na barriga! Ou mais triste seria saber que amei, fui amada mas que isso jamais foi dito... trágico!
Será mesmo que amar é ter q lutar!? E quando a gente perde a guerra? O que se pode fazer?
Talvez amar seja lutar mesmo... lutar contra tudo e todos, lutar contra o certo e o errado, contra nós mesmos e muitas vezes contra o próprio amor que bate na porta errada, na hora errada e que acha a pessoa errada para amar, e sem nos pedir licença nos devassa por dentro...
Sim, o amor é purificador, ele engrandece... a todos que sobrevivem as primeiras horas de agonia... sim, hoje vejo que amar nunca é em vão, mas quando a gente pensa ou sente que é... sofre!
Quem sabe eu ame a alguém que eu nunca venha a conhecer, ou que nem sequer venha a saber... nem ao menos que eu existo! E quantas vezes amamos em silêncio, sem saber se eramos dois a amar e sofrer? Não sei... tantas talvez!
Quem sabe um dia inventem um jeito simples de dizer EU TE AMO sem parecer ridículo ou bobo, ou que pelo menos pareça digno mesmo quando a resposta é negativa... ou podia ser inventada uma forma de compensação, de transferência... assim todo mundo ia ter sua chance de amar, não ser amado e ser correspondido no fim! E quem sabe ser feliz para sempre! Ou pelo menos tentar.
(Adri Rampi)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sei que as nuvens que hoje desenham o meu céu logo se dissipam, se dissolvem...
e nessa praia onde eu deitei pra ver as nuvens, a areia, o mar e tudo me envolvem
E a gente vai para os lugares que nunca foi, e pensamos nas coisas que nunca fizemos
pensa nas portas que estão abertas, e questionamos em qual entraremos
E aquela nuvem me analisa no divã... e desenha coisas sem sentido no azul
e que quando é cinza me deixa aqui, só e triste
A nuvem tem poder... quanto toma conta do céu esconde o Sol
e me faz esconder meu sorriso
O céu tão iluminado, que pode ser cinza quando está bravo
A nuvem que vem e que vai e que deixa de ser e passa a ser de novo
Meu espiríto voa nesse mesmo céu e encobre o Sol e se dissolve tal qual uma nuvem
Minha alma se dissolve em água quando triste e volta a surgir no céu ao lado do sol
quando fico feliz
Oh vida passageira, quem não se deleita ao seu suave sabor, jamais poderá entender o doce sentido de não ter sentido algum.
(Adriana Rampi)

domingo, 2 de maio de 2010

As pessoas quase sempre chegam em minha vida ou tarde demais, ou longe demais
Ou sempre chegam intimidadas ou atiradas
Nada de meios termos... sempre separadas por milhas, por anos ou por palavras ditas a mais ou a menos...
Não sei como acontece, mas acontece...
E as milhas de distância faz criar coragem pra declarações... e os anos de distância para desculpas e perdões...
As palavras sempre chegam... atrasadas, demasiadas, complicadas...
O meu destino tem um péssimo senso de logística, entrega deficiente... até q um dia quem sabe... Eu encontro as palavras perdidas em algum lugar, as pessoas deixadas pra trás, e posso compensar as perdas do meio do caminho... ou posso encontrar um envelope na minha caixa de correspondência em tempo e local certo... Quem sabe?
(Adriana Rampi)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Se a porta se abrir mais uma vez, deixo de lado a cerimônia e a timidez
me entrego pra chance, pra nova oportunidade, sem temor ou vaidade
Se há na vida verdade é a de viver... o resto é resto, melhor esquecer
E se uma lágrima hoje desce por meu rosto, molha o chão onde uma flor vai brotar
e toda a tristeza que agora escorre por meus olhos, felicidade vai semear
Cadê a janela que um dia pulei? ... pois é... sempre se tem alternativa, essa foi a q criei!
E se a porta fecha, a janela abre... e se não abre a gnt arromba e acaba o entrave
Desculpa a pressa, ou se a resposta parecia precisar de mais dificuldade... mas a vida tem que ser mais simples, pra haver felicidade
(AR)

domingo, 25 de abril de 2010

Amor é coisa leve
é como um sorvete feito de bola de neve
Não tem recibo...papelada, nem burocrácia
Não tem UTI, cemitério ou delegacia
Amor de verdade só tem alegria
é felicidade noite e dia
Amor de verdade não é padre que garante
amor de verdade não se retrata na estante
nem no anel, nem no véu
Amor de verdade é doce feito mel
uma vez ele acontece, se não rolar, não se estresse
tarde ou cedo ele vem... pega você e mais alguém
sem flexas nem cúpidos, alguns até demoram a serem esculpidos
Se você sofre não ama com certeza
amor é puro e belo de toda natureza!!!
(AR)
A gente se achou no mesmo lugar
onde nossas almas pensaram se encontrar
talvez, depois de um tempo, a gente se oriente
mas sei que nesse continente foi que tudo começou...
a gente se atrasou e o relógio do amor quebrou...
quem sabe em outra hora... a gente não demora
a vida não tem hora... mas sei que nosso amor atrasou
sem pressa de ir embora, a gente se perdeu no tempo
no espaço em que vivemos...
longe agora é pouco tempo, porque a gente já se conheceu
o impossível aconteceu... julieta e romeu...
e os dois mundos tão distantes... de um lado ao outro da roda gigante
a gente andou, e se encontrou... fora do ponto de origem, fora do eixo...
aí meu Deus... qual será o desfeixo?
(AR)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Engraçado pensar que a gente não conhece mais
aqueles amigos do peito, aquele amor tão perfeito que ficou pra trás
A vida é tão estranha, ela muda devagar
mas ela é tão sutil no seu ciclo, que nem se pode notar
E aqueles velhos colegas de sala... muitas vão nunca mais ligar
e aqueles velhos vizinhos...mudaram, mas você também vai um dia mudar
E quem são aqueles que hoje sentam na mesa ou que te pedem como estas?
Parecem que nesse jogo as cartas da mesa nunca mais vão retornar
E aqueles que você amou desesperadamente, os melhores amigos que podia querer
agora nem sabem o seu endereço ou conseguem na rua te reconhecer
é como se seu passado fosse uma grande mentira, cheia de invenções e alucinação
a cabeça questiona o que vale a pena nessa vida de modificação
E você ri ao lembrar das promessas que fez e que te fizeram
Porque muitas você cumpriu e muitas você esperou acontecer
e o tempo passou e você viu seu bem querer esmaecer
E o Sol não se cansa de se pôr no horizonte, nem o tempo de te carregar pro fim
e as pessoas vão vindo e indo, as coisas acontecem mesmo inesperadamente...
...viver é assim
E você pergunta como sua vida seria se tivesse tentado algo novo anos atrás
ou se pudesse ou tivesse ainda na vida aquelas pessoas que não voltaram mais
e você se questiona como perdeu tantos contatos, e como sobreviveu a cada desilusão
e você pára um momento pra pensar nas perdas e ganhos e na dor que tem no coração
... faz parte, você vai rir de lembrar que sofreu por alguém que sua imaturidade endeusou
e você vai chorar por descobrir que deixou escapar da sua vida aquele a quem mais amou
Mas a vida é assim... sobrevivemos a todas intempéries...
tentamos reconhecer oportunidades e escapar das desventuras em série!
(Adriana Rampi)

sábado, 10 de abril de 2010


As cores que saem da alma da manhã que surge sem força ao Sol nascer e que sem querer ou pedir se acabam.
Vão se os dias vãos e a vida vai a toa
vai se a vida vã e os dias voam
Vamos nós pra algum lugar onde a vida se vai
Viver as cores é mais intenso, e os sons, e os aromas...
viver as palavras e as sensações e não apenas viver o que se vê...
Sentir a presença e a alma das coisas inanimadas que ganham vida ao
soprar da matina, ou com o simples acontecer da vida...
Sentir o milagre que há em tudo o que a vida toca e dá sentido
A vida não tem nenhum sentido de ser, apenas dá sentido as coisas
E as cores que saem da alma de todas as rosas e todos os seres, quem saberá de onde vieram todas essas almas? Nenhum homem é capaz de provar e explicar com a mais plausível e sólida prova a origem de toda a existência.
Mas de que adianta saber de onde viemos se sequer sabemos pra onde vamos, o futuro é incerto, mas a alma jamais morre! Como eu sei? Porque ela dá vida até mesmo às coisas que por si só não tem razão ou sentido de ser, é por isso...
(Adriana Rampi)
E a pele que eu visto é a pele do meu corpo
e o corpo que me deram que é feito carne osso
Esse corpo essa vida, validade é finita
esse traje orgânico que com o tempo se dissipa
e no mais o que me resta é apenas essa vida
esse corpo se acaba, o tempo se termina
e a vida logo passa... corpo morre acaba a vida
Sem a medalha no percoço, sem a bala na ferida
sem o doce no amargo, sem prorrogação de ato
quando expira o contrato
fecha a cortina...
e assim se vai pra longe, onde o corpo não mais há
e assim se vai pra onde, não se sabe se vai voltar
(Adriana Rampi)

sábado, 3 de abril de 2010

Na estrada que o Sol se põe, as flores nascem sem parar, sem pensar, sem cansar
e os olhos que passam por essa estrada simplesmente param de chorar
Na estrada em que brilha a luz da lua, as flores exalam seu perfume pelo ar
Tão belo ver a dor ceder espaço pra luz da lua brilhar
A dor jamais dura pra sempre... jamais
a dor perdura quanto tempo a gente deixar ela estar...
o coração se cura quando a gnt perdoar
... nada é para sempre, nem mesmo sempre... o eterno é mortal para os mortais
quando nós partimos e deixamos gestos a serem lembrados, nos tornamos imortais
assim como a luz da lua, assim como Sol... que conheceram todas as vidas desse planeta e sobre todas essas criaturas expõe suas faces e seu brilho, dividem com elas sua plenitude, sua magnitude, sem seu brilho perder!
(AR)

segunda-feira, 22 de março de 2010

E eu que tentei tantas vezes explicar o que é a vida
Agora percebo que isso é o que faz o poeta: procura palavras que expliquem a vida
ou simplesmente procura palavras... mesmo que ninguém as leia, mesmo que elas se apaguem na sua mente ou que se apaguem nas páginas de algum livro na prateleira de uma biblioteca...
E assim é a vida, ela precisa ter sentido de busca apenas pra quem a vive...
não precisamos dar conhecimento aos outros da nossa vida pra que ela exista, ela existe...
mesmo nos minutos em que estamos sós
mesmo nos momentos em que se apagam na nossa memoria pra sempre...ou mesmo naqueles momentos que escurecem na foto do retrato!
Mas uma única coisa os poetas e todos nós podemos manter, nossa memória e nossa lembrança que seletiva guarda os preciosos momentos em lugares preciosos. Quem tem amigos e histórias pra contar, mesmo que seja somente pra si, é um poeta de sucesso e tem uma vida que mesmo que seja "desconhecida" aos outros é rica de beleza pra quem teve o breve ou infinito prazer de desfrutá-la!
Adriana Rampi

sábado, 6 de março de 2010

O preço de alguns sonhos pode ser alto
Saber o preço deles e onde eles podem te levar
não se pode começar algo sem saber as conseqüências e resultados
Talvez seja esse o tal jogo da vida de que tanto falam os poetas e compositores
Quero ter da vida tudo o que puder, quero extrair a última gota de oportunidade
quero poder sentir o cheiro de todas as rosas e experimentar ver o nascer e o pôr-do-sol todos os dias que tiver de todos os lugares que puder
Sei que a saudade faz parte dos sonhos que eu quero realizar e também sei que perco muito ao ganhar o que luto pra ter, mas viver e um risco e um prazer... então vou apenas respirar a brisa que me sopra e seguir a direção do vento!!!
(Adriana Rampi)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Dizer adeus nunca é fácil
mais difícil que dizer adeus é viver sem jamais ter realizado sonhos
Pois é, alguns sonhos custam o preço da saudade
alguns preferem se poupar de certas dores e esquecem que também se poupam de certos prazeres da vida
Queria poder dizer como dói o coração de alguém que vai e deixa pra trás tantas pessoas importantes, mas infelizmente posso somente dizer que amo todos e espero que não doa tanto a saudade inevitável
Mas a saudade inegavelmente um dia há de acabar, e como será bom ter realizado sonhs e matar saudades...
Afinal viver é sofrer e sorrir, e esperamos sorrir com maior intensidade e freqüência, mas vale a pena arriscar, porque tudo na vida vale a pena quando a alma não é pequena!