terça-feira, 20 de abril de 2010

Engraçado pensar que a gente não conhece mais
aqueles amigos do peito, aquele amor tão perfeito que ficou pra trás
A vida é tão estranha, ela muda devagar
mas ela é tão sutil no seu ciclo, que nem se pode notar
E aqueles velhos colegas de sala... muitas vão nunca mais ligar
e aqueles velhos vizinhos...mudaram, mas você também vai um dia mudar
E quem são aqueles que hoje sentam na mesa ou que te pedem como estas?
Parecem que nesse jogo as cartas da mesa nunca mais vão retornar
E aqueles que você amou desesperadamente, os melhores amigos que podia querer
agora nem sabem o seu endereço ou conseguem na rua te reconhecer
é como se seu passado fosse uma grande mentira, cheia de invenções e alucinação
a cabeça questiona o que vale a pena nessa vida de modificação
E você ri ao lembrar das promessas que fez e que te fizeram
Porque muitas você cumpriu e muitas você esperou acontecer
e o tempo passou e você viu seu bem querer esmaecer
E o Sol não se cansa de se pôr no horizonte, nem o tempo de te carregar pro fim
e as pessoas vão vindo e indo, as coisas acontecem mesmo inesperadamente...
...viver é assim
E você pergunta como sua vida seria se tivesse tentado algo novo anos atrás
ou se pudesse ou tivesse ainda na vida aquelas pessoas que não voltaram mais
e você se questiona como perdeu tantos contatos, e como sobreviveu a cada desilusão
e você pára um momento pra pensar nas perdas e ganhos e na dor que tem no coração
... faz parte, você vai rir de lembrar que sofreu por alguém que sua imaturidade endeusou
e você vai chorar por descobrir que deixou escapar da sua vida aquele a quem mais amou
Mas a vida é assim... sobrevivemos a todas intempéries...
tentamos reconhecer oportunidades e escapar das desventuras em série!
(Adriana Rampi)

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