segunda-feira, 23 de março de 2009

E como se o mar fosse entrando em minha alma me senti inundado por essa onda
fui sendo arrastada pra longe da margem de onde o certo me mantinha estável
na perturbação do mar pude me perder e me encontrar por inúmeras vezes
Não quero mais ficar na margem do mar
Não quero ficar no marasmo e ver a vida passar
Sei que posso me afogar, mas é o risco de tentar
É um risco permanente constante
Mas é melhor correr riscos do que esperar na beira, esperando o mar secar
a areia sumir, a vida passar

segunda-feira, 2 de março de 2009

Sei que flores falam
Sei que no silêncio calam as palavras
Mas deixam o coração buscar o diálogo
Sei que os olhos falam
Sei que no silêncio eles dizem mais
do que milhões de páginas seriam capazes de descrever
Sei que mãos falam
Não com a liguagem de som
mas na sinestesia da liguagem do tato
elas trocam muita informação
Sei que as almas falam
Na conversa insistente que grita silenciosamente
o que a emoção mais inconsciente tem pra dizer
Sei que perfumes falam
Eles falam com a mente, e a memória da gente
e a gente sempre consegue entender
Sei que fotos falam
Elas contam dos segundos, em um simples momento
que a gente teve em nosso viver
Sei que as bocas falam
Não só com a fonética das letras
Não só com as palavras
Mas com todos os sentidos que complementam tudo aquilo que ela leva até eles!
(Adriana Rampi)