A cada dia novo que nasce como uma tela branca, no nosso pincel colocamos cores pra fazer o croqui da nossa vida
Na tela branca surgem traços de um dia, de uma história, de uma vida
Nunca sabemos que dia nossa pintura será digna de exposição, mas sabemos que por mais bela ou feia que seja a pintura no fim do nosso dia, ela morre com o entardecer, como se uma lata de tinta preta escorresse sobre ela, virando passado, pó!
E como que por mágica no outro dia some o negro e apenas o branco vazio nos aparece, com o pincel e a tintura
Não se pode avaliar uma pintura antes que ela esteja pronta, ela pode começar com traços toscos e terminar em uma bela obra de arte
Nós somos os pintores da vida, e nossos quadros do passado estão guardados com as melhores e piores pinturas no mausoléu das nossas culpas e lembranças
E cada pintura inútil guardada pesa carregar, com suas cores e traços horrendos perturbam a visão e a alma
Como todo bom pintor devemos ter a humildade do desprendimento das nossas criações, desde as obras que pintamos, aos filhos que criamos, aos amores que um dia amamos
Nós devemos nos permitir o deleite da tela branca incerta, louca para ser pincelada!
(Adriana Rampi)
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário