Da infelicidade eu quero distância
Nem que tenha que mudar de cidade, estado ou país
Minha alegria pode estar do meu lado, em Milão, Londres, Paris
Não que eu queira sempre fugir, mas não nasci pra ser mártir
A infelicidade não invade a minha nação
porque a felicidade tomou posse por minha eleição
Sou eu a governanta desta minha vida desgovernada
A tristeza não me destrona porque não tenho coroa pra ela tirar
minha vida é humilde e suada não sou a melhor mas quero melhorar
Meu eleitorado é fiel, sempre me elegem pra novo mandato
Afinal sou eu quem forneço os sentidos desde o paladar até o olfato
Da infelicidade eu quero distância
e se ela insistir em bater na minha porta mando embora com todo respeito
pra que não volte pra reclamar que lhe destratei com ar de despeito
Se tiver que correr dela, posso até ir embora pra outro planeta
Pego carona com um astronauta ou na calda de algum cometa
(Adriana Rampi)
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
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