segunda-feira, 4 de maio de 2009

A caixa de pandora

As coisas feias do mundo
os males de dor mais profundo
da janela a testemunha
o fim dos tempos chegou
a pandora abriu e ninguém mais fechou
e a guerra mata o bem
e a paz que não tem mais ninguém
a paz no caixão da pandora
e o mal que ao homem devora
nossa vida e a nossa história
que nem quando vence tem glória
porque numa batalha os dois perdem
perde quem mata e quem morre
perde se almas
perde se esperança
perde o velho, o adulto, o adolescente e o sonho da criança
A caixa de pandora
que todos temos dentro de nós
abrimos alguma hora
mata tudo e ficamos sós
Se o sangue que lavou essa terra
se a terra dá nosso alimento
comemos a nossa ira
comemos nosso tormento
O canhão que matou o meu filho
matou o teu irmão
matamos, morremos todos
acaba-se a nação
(Adriana Rampi)

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