segunda-feira, 26 de abril de 2010

Se a porta se abrir mais uma vez, deixo de lado a cerimônia e a timidez
me entrego pra chance, pra nova oportunidade, sem temor ou vaidade
Se há na vida verdade é a de viver... o resto é resto, melhor esquecer
E se uma lágrima hoje desce por meu rosto, molha o chão onde uma flor vai brotar
e toda a tristeza que agora escorre por meus olhos, felicidade vai semear
Cadê a janela que um dia pulei? ... pois é... sempre se tem alternativa, essa foi a q criei!
E se a porta fecha, a janela abre... e se não abre a gnt arromba e acaba o entrave
Desculpa a pressa, ou se a resposta parecia precisar de mais dificuldade... mas a vida tem que ser mais simples, pra haver felicidade
(AR)

domingo, 25 de abril de 2010

Amor é coisa leve
é como um sorvete feito de bola de neve
Não tem recibo...papelada, nem burocrácia
Não tem UTI, cemitério ou delegacia
Amor de verdade só tem alegria
é felicidade noite e dia
Amor de verdade não é padre que garante
amor de verdade não se retrata na estante
nem no anel, nem no véu
Amor de verdade é doce feito mel
uma vez ele acontece, se não rolar, não se estresse
tarde ou cedo ele vem... pega você e mais alguém
sem flexas nem cúpidos, alguns até demoram a serem esculpidos
Se você sofre não ama com certeza
amor é puro e belo de toda natureza!!!
(AR)
A gente se achou no mesmo lugar
onde nossas almas pensaram se encontrar
talvez, depois de um tempo, a gente se oriente
mas sei que nesse continente foi que tudo começou...
a gente se atrasou e o relógio do amor quebrou...
quem sabe em outra hora... a gente não demora
a vida não tem hora... mas sei que nosso amor atrasou
sem pressa de ir embora, a gente se perdeu no tempo
no espaço em que vivemos...
longe agora é pouco tempo, porque a gente já se conheceu
o impossível aconteceu... julieta e romeu...
e os dois mundos tão distantes... de um lado ao outro da roda gigante
a gente andou, e se encontrou... fora do ponto de origem, fora do eixo...
aí meu Deus... qual será o desfeixo?
(AR)

terça-feira, 20 de abril de 2010

Engraçado pensar que a gente não conhece mais
aqueles amigos do peito, aquele amor tão perfeito que ficou pra trás
A vida é tão estranha, ela muda devagar
mas ela é tão sutil no seu ciclo, que nem se pode notar
E aqueles velhos colegas de sala... muitas vão nunca mais ligar
e aqueles velhos vizinhos...mudaram, mas você também vai um dia mudar
E quem são aqueles que hoje sentam na mesa ou que te pedem como estas?
Parecem que nesse jogo as cartas da mesa nunca mais vão retornar
E aqueles que você amou desesperadamente, os melhores amigos que podia querer
agora nem sabem o seu endereço ou conseguem na rua te reconhecer
é como se seu passado fosse uma grande mentira, cheia de invenções e alucinação
a cabeça questiona o que vale a pena nessa vida de modificação
E você ri ao lembrar das promessas que fez e que te fizeram
Porque muitas você cumpriu e muitas você esperou acontecer
e o tempo passou e você viu seu bem querer esmaecer
E o Sol não se cansa de se pôr no horizonte, nem o tempo de te carregar pro fim
e as pessoas vão vindo e indo, as coisas acontecem mesmo inesperadamente...
...viver é assim
E você pergunta como sua vida seria se tivesse tentado algo novo anos atrás
ou se pudesse ou tivesse ainda na vida aquelas pessoas que não voltaram mais
e você se questiona como perdeu tantos contatos, e como sobreviveu a cada desilusão
e você pára um momento pra pensar nas perdas e ganhos e na dor que tem no coração
... faz parte, você vai rir de lembrar que sofreu por alguém que sua imaturidade endeusou
e você vai chorar por descobrir que deixou escapar da sua vida aquele a quem mais amou
Mas a vida é assim... sobrevivemos a todas intempéries...
tentamos reconhecer oportunidades e escapar das desventuras em série!
(Adriana Rampi)

sábado, 10 de abril de 2010


As cores que saem da alma da manhã que surge sem força ao Sol nascer e que sem querer ou pedir se acabam.
Vão se os dias vãos e a vida vai a toa
vai se a vida vã e os dias voam
Vamos nós pra algum lugar onde a vida se vai
Viver as cores é mais intenso, e os sons, e os aromas...
viver as palavras e as sensações e não apenas viver o que se vê...
Sentir a presença e a alma das coisas inanimadas que ganham vida ao
soprar da matina, ou com o simples acontecer da vida...
Sentir o milagre que há em tudo o que a vida toca e dá sentido
A vida não tem nenhum sentido de ser, apenas dá sentido as coisas
E as cores que saem da alma de todas as rosas e todos os seres, quem saberá de onde vieram todas essas almas? Nenhum homem é capaz de provar e explicar com a mais plausível e sólida prova a origem de toda a existência.
Mas de que adianta saber de onde viemos se sequer sabemos pra onde vamos, o futuro é incerto, mas a alma jamais morre! Como eu sei? Porque ela dá vida até mesmo às coisas que por si só não tem razão ou sentido de ser, é por isso...
(Adriana Rampi)
E a pele que eu visto é a pele do meu corpo
e o corpo que me deram que é feito carne osso
Esse corpo essa vida, validade é finita
esse traje orgânico que com o tempo se dissipa
e no mais o que me resta é apenas essa vida
esse corpo se acaba, o tempo se termina
e a vida logo passa... corpo morre acaba a vida
Sem a medalha no percoço, sem a bala na ferida
sem o doce no amargo, sem prorrogação de ato
quando expira o contrato
fecha a cortina...
e assim se vai pra longe, onde o corpo não mais há
e assim se vai pra onde, não se sabe se vai voltar
(Adriana Rampi)

sábado, 3 de abril de 2010

Na estrada que o Sol se põe, as flores nascem sem parar, sem pensar, sem cansar
e os olhos que passam por essa estrada simplesmente param de chorar
Na estrada em que brilha a luz da lua, as flores exalam seu perfume pelo ar
Tão belo ver a dor ceder espaço pra luz da lua brilhar
A dor jamais dura pra sempre... jamais
a dor perdura quanto tempo a gente deixar ela estar...
o coração se cura quando a gnt perdoar
... nada é para sempre, nem mesmo sempre... o eterno é mortal para os mortais
quando nós partimos e deixamos gestos a serem lembrados, nos tornamos imortais
assim como a luz da lua, assim como Sol... que conheceram todas as vidas desse planeta e sobre todas essas criaturas expõe suas faces e seu brilho, dividem com elas sua plenitude, sua magnitude, sem seu brilho perder!
(AR)